1297-1 | Formação Interprofissional em Saúde: Reflexões ... | Autores: | Gilberto Tadeu Reis Silva (FASM - FACULDADE SANTA MARCELINACEDESS-UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Nildo Alves Batista (CEDESS-UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Sylvia Helena Batista (CEDESS-UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) |
Resumo A formação dos profissionais da saúde, ao longo do tempo, foram-se constituídos em saberes cada vez mais especializados, mais diversos e se distanciando de um conhecimento partilhando coletivamente para tornar-se inacessível, concentrando-se em engessamento disciplinar que propicia conhecimentos densos, internos e arraigados, ou seja, extremamente delimitado, tornando este concentrado, com competências e habilidades exclusivas para este espaço. Remetemos este modelo de formação em saúde, que tem como norteador o relatório Flexner que, além de instituir a disciplinarização em saúde, foi o desvio positivo da centralização para figura do médico para a equipe de saúde. Mudanças curriculares visam, sobretudo diminuir a predominância do modelo médico-hospitalar no ensino de graduação, bem como, descentralizar a formação do pólo individuo/doença/cura. Vários autores apresentam situações vivenciadas na prática e que atualmente são percebidas e contextualizadas a partir das mudanças estabelecidas nas diretrizes curriculares nacionais para os cursos da área da saúde. A construção do conhecimento nessa lógica possibilita um olhar diferenciado para a atuação interprofissional e, possibilita que esta se constitua como inabalada. Neste caminho, o cuidado humano está focado na perspectiva da integralidade, da interação e da articulação dos profissionais da saúde, tornado visível o sentido do cuidado humano como eixo central. Nesta reflexão compreendemos que a formação interprofissional salienta a necessidade da comunicação e trabalho em equipe, evidencia o compromisso com a resolutividade e a obrigatoriedade de interfaces profissionais que explicitem o sentido da complementaridade e inerente interdependência sendo o ser humano - sujeito do cuidado. Ações coordenadas, atitudes colaborativas são uma proposta para a educação permanente interprofissional e, que esta dá possibilidades de espaços compartimentalização de saberes fazeres, onde neste trajeto de pressupostos podemos acreditar na diminuição entre as distâncias das especificidades e das especialidades, dando caminho a complementaridade. A complementaridade e a interdependência aqui explicitada se materializará nas relações profissionais e sociais sendo assim, primordial para a organização institucional que deverá possibilitar uma prática institucional articulada, que preservará o cuidado do usuário para além desta visão reducionista atendendo as necessidades do cuidar do ser humano. Palavras-chave: Interprofissionalidade, Multiprofissionalidade, Educação em Saúde Interdisciplinar |