Resumo

Introdução A Organização Mundial de Saúde afirma que os métodos clássicos de difusão de informação científica e tecnológica pelo tradicional modelo de comunicação da ciência, ainda que continuem valiosos e necessários, não são suficientes para proporcionar a mais ampla circulação do conhecimento. Na comunidade científica e na gestão em saúde muito se tem refletido sobre as potencialidades do Acesso Livre, como estratégia de ampliação e compartilhamento da informação cientifica para a formação de profissionais aptos a enfrentar os desafios das inovações em saúde . Autores alertam sobre dificuldades de publicação, não por falta de mérito mas pelos problemas no sistema atual de comunicação científica que aprofundam a invisibilidade da produção brasileira dificultando a possibilidade de transposição da fronteira entre a produção de conhecimento e geração de inovação. O imperativo de desenhar novas estratégias que acelerem a difusão da informação científica, ampliando as possibilidades da efetiva incorporação do conhecimento no mundo das práticas da atenção em saúde, encontrou um aliado de peso no movimento internacional do Acesso Livre. Objetivo Refletir sobre o Acesso Livre no Brasil a partir da percepção e comportamento dos gestores, pesquisadores e representantes do Conselho Nacional de Saúde visando a compor uma agenda para ampliação do acesso e visibilidade à informação científica em saúde, produzida no País. Metodologia Trata-se de um estudo exploratório visando a identificar os fatores políticos, econômicos e institucionais que contribuem para a visibilidade da produção cientifica em saúde no Brasil e a pouca adesão de pesquisadores/autores brasileiros ao movimento do Acesso Livre. Pretende-se levantar as experiências internacionais e elaborar um instrumento que propicie o mapeamento local das experiências nacionais, valendo-se do contato direto com os interlocutores/atores proeminentes. Resultado esperado Compor uma agenda positiva que contribua para ampliar a percepção do impacto da informação científica e tecnológica em saúde produzida no Brasil e financiada com recursos públicos no âmbito do livre acesso à mesma. Pela literatura estudada, conclui-se que o ponto chave é reconhecer que o conhecimento tem seus benefícios sociais, econômicos e intelectuais potencialmente ampliados quando sua difusão e acesso encontram-se no terreno do domínio público.