Resumo

Trata-se de um relato de experiência da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade da Universidade Estadual do Piauí (RMSFC/UESPI), na qual os residentes, na perspectiva de abranger os aspectos individual e familiar, além do coletivo, presentes na proposta prática da RMSFC/UESPI, realizaramm visitas domiciliares, previamente agendadas com as Equipes de Saúde da Família, visando uma ampliação do olhar sobre o sujeito e suas necessidades de saúde, bem como sobre o meio familiar e social em que ele está inserido. Sabe-se que a visita domiciliar é um contato pontual de profissionais de saúde com as populações de risco, enfermos e seus familiares para a coleta de informações e/ou orientações. Na visita domiciliar são desenvolvidas ações de orientação, educação, levantamento de possíveis soluções de saúde, fornecimento de subsídios educativos, para que os indivíduos atendidos tenham condições de se tornar independentes. As orientações realizadas dizem respeito a saneamento básico, cuidados com a saúde, uso de medicamentos, amamentação, controle de peso, ou qualquer coisa que diga respeito àquele indivíduo, à família e à comunidade em que vivem (LACERDA et al. 2006). Para Omizzolo e Wosny (2006) a visita domiciliar deve ser entendida e desenvolvida como uma prática emancipadora, que proporciona aos profissionais um importante espaço para o exercício do diálogo e permite uma proximidade para o acompanhamento, conhecimento e reconhecimento das famílias em suas necessidades de saúde, perpassando nessa perspectiva, pelo olhar da Integralidade. Sendo esta ação um importante instrumento para a promoção da saúde e implementação do princípio da integralidade, enquanto prática que valoriza o cuidado, e para o fortalecimento do trabalho coletivo verdadeiro. Com esse intuito, no período de setembro a novembro de 2009, os residentes se envolveram na prática das visitas domicialires nos seus territórios de atuação. Nessas ocasiões, estiveram presentes 3 ou 4 residentes de categorias profissionais distintas. Assim, cada um acrescentou o olhar pertinente à sua profissão e o cidadão recebeu uma assistência bem mais voltada para sua necessidade de saúde e não apenas com enfoque em um quadro patológico ou deficitário. Em geral, participaram o fisioterapeuta, o assistente social, o psicólogo e o educador físico. No entendimento dos agravos e necessidades, os saberes se somaram e pôde-se trabalhar tendo em vista a Integralidade.