1159-1 | A persepção dos estudantes da saúde sobre a sua formação para o SUS
| Autores: | Lia Thieme Oikawa Zangirolani (PUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Ana Carla Albuquerque dos Santos (PUC - Pontifícia Universidade Católica de CampinasPUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Raquel Caldato Stuck (PUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Ana Carolina Ramos Castelhano Fuentes (PUC - Pontifícia Universidade Católica de CampinasPUC - Pontifícia Universidade Católica de CampinasPUC - Pontifícia Universidade Católica de CampinasPUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) ; Juliane Custodio de Andrade (PUC - Pontifícia Universidade Católica de CampinasPUC - Pontifícia Universidade Católica de CampinasPUC - Pontifícia Universidade Católica de CampinasPUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas) |
Resumo Instituições de ensino brasileiras têm-se esforçado para articular ensino e serviço na formação dos profissionais de saúde, inserindo estudantes na rede de serviços do SUS com incentivos governamentais como o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde. A partir desta perspectiva objetivou-se conhecer o ensino para o SUS na percepção dos acadêmicos. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, de análise de conteúdo, embasado na Teoria da Ação Social. Foram entrevistados 27 estudantes, participantes do PET-Saúde, dos cursos de medicina, psicologia, fonoaudiologia, enfermagem, ciências farmacêuticas, odontologia, nutrição, terapia ocupacional e fisioterapia. As categorias de análise foram o primeiro contato com o SUS, os aspectos positivos e frágeis do ensino para o SUS e os métodos de ensino. O primeiro contato com o SUS ocorreu no primeiro e segundo períodos nos cursos de medicina, ciências farmacêuticas, enfermagem, terapia ocupacional, odontologia, fonoaudiologia e psicologia. Os aspectos apontados como positivos pela maioria dos estudantes (35,8%) foram a observação do funcionamento do SUS como propiciadora do entendimento da sua organização, seguido pela atuação prática no SUS (33,7%), além dos temas abordados nas aulas teóricas também terem sido apontados como positivos por 26%. No que tange aos aspectos frágeis, a maioria referiu falta de aulas práticas (36,1%), carga horária insuficiente para o conteúdo (21,3%) e falta de multiprofissionalidade (14,7%) entre outros. Os métodos apontados como estratégia de ensino totalizaram 148 tipos, sendo 56,7% aulas teóricas, 12,2% visitas de reconhecimento, 10,1% atuação prática entre outros. A partir dos resultados, o conteúdo apontou as aulas teóricas como o principal método, sendo a atuação prática, uma estratégia de aproximação do SUS apontada como positiva. A partir da análise destes apontamentos um desdobramento possível é a elaboração de um estudo dos planos de disciplinas que busque conhecer os momentos de contato com o SUS, os métodos de ensino, os conteúdos trabalhados, para uma análise comparativa com a fala dos estudantes. Isto subsidiaria um passo posterior, a construção coletiva, dos diferentes cursos, de uma reestruturação dos métodos, aproveitando os cenários e momentos comuns como campo fértil para a integração do aprendizado e a criação de atividades e vivências multidisciplinares, que permitam desenvolver a interdisciplinaridade no SUS, desde a formação na graduação.
Palavras-chave: ensino, formação, percepção |