Resumo

Atualmente o mercado de trabalho necessita de profissionais críticos, capazes de refletir sobre as suas práticas, criativos, que sejam capazes de resolver problemas diários com as ferramentas que dispõem e que saibam criar e manter boas relações com seus parceiros de trabalho. Para tanto, é necessária uma formação contextualizada, que propicie, desde a graduação um ambiente o mais semelhante possível ao que encontrarão nos seus cenários profissionais. Este estudo tem como objetivo compreender a importância da integração docente-assistencial (IDA) na formação profissional. Trata de um recorte de uma pesquisa realizada entre setembro e novembro de 2009. Os sujeitos foram os estudantes do sétimo e oitavo semestres do curso de graduação em enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), totalizando 9 estudantes. A coleta de dados foi realizada na forma de entrevista aberta gravada em áudio MP3 através da questão orientadora: ”como você percebe a integração entre docentes e enfermeiros/as assistenciais e qual a importância na sua formação profissional?”. Os depoimentos foram transcritos e analisados através da técnica de analise de conteúdo proposta por Minayo. Os depoimentos apontaram para a importância do ensino contextualizado na realidade do serviço e a troca de vivências como facilitadora do processo de aprendizado. Para os estudantes, a IDA mostra-se como uma forma de potencializar esse processo e é apontada como uma forma de delinear o perfil profissional que desejam seguir. Pois quando há uma boa relação entre o docente e o assistencial há também disponibilidade de locais de ensino que facilitam o ensino-aprendizagem (BECCARIA; TREVISAN; JANUCCI, 2006) qualificando a formação. Também compreendem que colabora para amenizar a dicotomia existente entre teoria e prática. Assim, a IDA, surge como uma alternativa para amenizar a distância entre o saber e o fazer e qualificar a formação na enfermagem. Dessa maneira, a importância da IDA está em tornar os campos de aulas curriculares mais produtivos e interessantes para os estudantes (BECCARIA; TREVISAN; JANUCCI, 2006). Pois, compreende-se que quando os espaços de ensino possibilitam a aquisição de conhecimentos de forma crítica e criativa esse conhecimento é emancipador, possibilita que os estudantes atuem de forma a transformar a realidade, tanto como profissionais, quanto como cidadãos (BACKES, et. al 2008).