9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:1147-1


Poster (Painel)
1147-1O Serviço Especializado da Pessoa Vivendo com HIV/AIDS como elo de inclusão de soropositivos no Sistema Único de Saúde
Autores:Sayonara de Azevedo Gomes Campos (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Mário Milcíades Martins Meira Neto (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Luciana Batista de Oliveira Cantalice (UFPB - Universidade Federal da Paraíba)

Resumo

Introdução: Na primeira metade da década de 1980 foram registrados os primeiros casos de AIDS no Brasil. A doença se espalhou juntamente com o aumento da vulnerabilidade social, fazendo-se necessário a criação de uma Política Nacional de DST/AIDS. Na Paraíba, em 2002, cria-se o Serviço Especializado do Portador de HIV com a perspectiva de atuação ambulatorial, composta por equipe multiprofissional desenvolvendo ações inclusivas voltadas para a melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS. Objetivos: Verificar as ações realizadas pelo SEVIH no processo de inclusão à terapia anti-retroviral, justificando sua relevância a partir da possibilidade em se investigar a assistência prestada aos soropositivos dentro de um Hospital Universitário, além da compreensão dos usuários acerca do HIV-AIDS e seu tratamento. Métodos: Trata-se de uma pesquisa cientifica, com 17 usuários em terapia anti-retroviral, entrevistados de acordo com a acessibilidade, e os dados analisados de acordo com a dialética marxista. Resultados: De acordo com a compreensão do HIV/AIDS, 71% afirmaram que compreende o significado da doença e a dinâmica de seu tratamento. Na adesão à Terapia Anti-retroviral/TARV, 76% afirmaram não compreender, mostrando que eles sabem mais sobre o vírus e a doença do que da adesão ao tratamento. Quanto ao grau de satisfação das informações recebidas sobre a adesão ao TARV, 100% afirmaram estar satisfeitos. Na representação do SEVIH, 94% especificaram que este se tratava de um ambiente no qual se sentiam seguros, sendo para alguns a única “fonte de ajuda” de que dispõem dentro do SUS. Conclusões: Elaborar ações inclusivas dentro do Sistema Único de Saúde tem exigido uma compreensão crítico-dialética acerca dos aspectos socioeconômicos, buscando desenvolver estratégias consistentes para o enfrentamento das impunidades, sobretudo em se tratando do HIV/AIDS, isso porque a epidemia também tem se espraiado sobre os bolsões de pobreza e vulnerabilidade social, com pouca informação acerca do direito social à saúde e as formas de atendimento ao tratamento na rede pública de saúde.


Palavras-chave:  Inclusão, SEVIH, SUS