9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:1146-1



1146-1Processo de territorialização com a técnica da estimativa rápida e ferramentas tecnológicas audio-visuais
Autores:Murilo Vieira Coutinho (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Rodrigo Mendonça Paulino (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Ronaldo Zonta (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Carlo Roberto Hackmann Cunha (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)

Resumo

Caracterização do problema: O Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da Universidade Federal de Santa Catarina com a Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis (PRM-MFC UFSC/SMS), tem por objetivo formar profissionais para a Atenção Primária em Saúde e comprometidos com a consolidação do SUS. A formação baseia-se principalmente no modelo da Estratégia Saúde da Família ficando, o residente, integrado e co-responsável em uma equipe de saúde da família (ESF). Dentre as atividades do “acolhimento” no primeiro ano está a territorialização e problematização sobre o “território-processo” de atuação. Descrição da experiência: No Centro de Saúde da Família Saco Grande (CSFSG) a residência ocorre em duas das seis ESF. A proposta para o processo de territoritorialização é a construção de um “pasta de informações” e de um vídeo/fotos sobre o território da sua ESF, contendo informações úteis ao planejamento da respectiva equipe. Para isso, utilizou-se da Técnica de Estimativa Rápida (TER) - método de obtenção de informações sobre o território em curto período de tempo e sem grandes gastos, com o fim de conhecer as necessidades de saúde da população. Esse trabalho relata o processo de territorialização do PRM-MFC da UFSC/SMS no CSFSG. Trata-se de um estudo descritivo que utilizou das técnicas da observação participante, diário de campo, entrevistas semi-estruturadas, registro audio-visual e coleta de dados em fontes secundárias. Inicialmente realizaram-se encontros para problematizar o conceito de “território-processo” e conhecer a TER. Realizou-se o planejamento das atividades com a construção de uma matriz contendo as informações relevantes que se buscaria e fontes utilizadas. Seguiram-se saídas de campo, entrevistas com “informantes-chave” da comunidade e a busca de informações em fontes secundárias como os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) e o GoogleEarth™;. Efeitos alcançados: Foi construida a “pasta de informações” e um vídeo. Esse processo aproximou o residente da realidade do “território-processo” da ESF através principalmente do olhar de quem vive nele. Fez com que conhecesse os SIS e ferramentas tecnológicas de comunicação e planejamento (como o uso de vídeo/fotos e GoogleEarth™) que contribuem para um olhar mais detalhado/sensível sobre os recursos, problemas e cotidiano da população. Recomendações: A utilização das técnicas acima descritas produz valioso material para o planejamento das ESF.


Palavras-chave:  Medicina de Família e Comunidade, Estratégia de Saúde da Família, Territorialização