9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:1138-1



1138-1O Apoio Institucional como estratégia da Educação Permanente em Saúde no Estado de Pernambuco: reconhecimento de singularidades e identificação de desafios.
Autores:Edna Mirtes Santos Granja (SES - Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco) ; Maria Emília Monteiro Higino da Silva (SES - Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco) ; Agleildes Arichele Leal de Queirós (SES - Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco) ; Idalacy de Carvalho Barreto (SES - Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco) ; Juliana Leão Pontes (SES - Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco) ; Monik Silva Duarte (SES - Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco) ; Cristiane Oliveira (SES - Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco)

Resumo

Ao longo dos últimos anos, a Educação Permanente (EP) em Saúde vem sustentando a necessidade de colocar o cotidiano da formação dentro da realidade do trabalho, através da construção de espaços coletivos que possibilitem a reflexão e avaliação de sentido dos atos produzidos nas práticas dos serviços. Assim, reconhecendo as singularidades de suas regionais e entendendo que o próprio conceito de EP está ancorado na construção de relações e processos que perpassam por uma ação conjunta entre: as equipes de saúde; a gestão, através das práticas organizacionais e do desenvolvimento institucional pleno; as práticas intersetoriais; e os usuários e sua rede de relações, foram pensadas as estratégias de fortalecimento dessa Política para o estado de Pernambuco. Entre as estratégias, destacamos aqui o apoio institucional. Com uma equipe de 11 apoiadores, distribuídos, pelas onze regionais de saúde do estado e respaldados por facilitadores de área e facilitadores educacionais, o estado passa a propor a construção de espaços de análise e interferência no cotidiano, potencializando análises coletivas de valores, saberes e fazeres e, desse modo, implementando e mudando práticas. Entendendo a integração ensino-serviço como condição para estruturação dessa estratégia, os apoiadores partem para a consolidação das Comissões Integradas de Integração Ensino-serviço Regionais (CIES) e a elaboração dos Planos de Ação Regional de Educação Permanente em Saúde (PAREPS). Além desses dispositivos, o grupo de apoiadores atuou na construção de políticas de formação específicas, diante da inserção do grupo em campos como saúde mental e atenção básica, bem como da relação com movimentos sociais, como o Mov. dos Trabalhadores Sem Terra. A potência do apoio parece se localizar no “entre” das instituições, dos estabelecimentos e serviços de saúde, da atenção e gestão e dos trabalhadores e usuários do SUS e, a partir desse lugar, problematizar e sensibilizar para construção de novas práticas que possibilitam a invenção de outras formas de viver, conviver, trabalhar e produzir, compondo outros cenários, subjetividades e cuidados em saúde. Ao mesmo tempo, a atuação do apoio evidencia desafios que apontam, sobretudo, para o desafio de construir processos de formação e sensibilização de fato significativos, em um cenário que ainda aponta para manutenção de processos educativos desconectados, presos nos muros dos centros de formação e distantes das realidades da maioria da população brasileira.


Palavras-chave:  Educação Permanente, Apoio Institucional, SUS