Resumo

Caracterização do problema: formar um fonoaudiólogo que esteja capacitado para atender as diversas demandas que a sociedade apresenta exige capacidade ampla de articulação entre teoria e prática, além da possibilidade de revisitar valores morais, éticos, sociais, institucionais e pensar sistematicamente suas possibilidades de atuação no sistema de saúde no qual está inserido é uma tarefa complexa que requer estratégias variadas. A partir destas premissas, proporcionamos a uma parcela de acadêmicos de fonoaudiologia a experiência de atuação colaborativa interdisciplinar na avaliação, diagnóstico e tratamento dos distúrbios da comunicação oral em atividade de extensão não obrigatória e voluntária durante as férias de verão. Descrição da experiência: foram acompanhadas atividades ambulatoriais já desenvolvidas no Setor de Fonoaudiologia (Serviço de Otorrinolaringologia) de um hospital universitário em ações de reavaliação e tratamento em grupo para uso da comunicação oral por meio de voz esofágica em pacientes com histórico de câncer de cabeça e pescoço submetidos à laringectomia total. Efeitos Alcançados: os acadêmicos adquiriram muito mais que conhecimentos técnicos, vivenciaram situações que demonstraram a importância da atuação interdisciplinar e suas repercussões no atendimento de pacientes com distúrbios da comunicação oral. Estes dados foram aferidos durante as reuniões sitemáticas do grupo, nas quais as falas que reforçam estes dados foram uma constante. Recomendações: atividades práticas, com troca de saberes e experiências entre os serviços de saúde, fonoaudiólogos e comunidade acadêmica enriquece e complementa a formação do Fonoaudiólogo, visto que a experiência favorece a assimilação dos conceitos teóricos adquiridos, bem como propicia o trabalho de aspectos da subjetividade da atuação em grupo, abordagem ao paciente acometido por importante agravo, bem como os aspectos de cada graduando neste contexto.