1119-2 | A VISITA DOMICILIAR COMO INSTRUMENTO DE RESSIGNIFICAÇÃO DO APOIO MATRICIAL DE SAÚDE MENTAL NO COTIDIANO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA | Autores: | Lygia Maria de Figueiredo Melo Villas Boas (EEN/UFRN - Escola de Enfermagem de Natal/UFRN) ; Jacileide Guimarães (EEN/UFRN - Escola de Enfermagem de Natal/UFRN) ; Marize Barros de Souza Araújo (EEN/UFRN - Escola de Enfermagem de Natal/UFRN) ; Márcia Rique Carício (EEN/UFRN - Escola de Enfermagem de Natal/UFRN) ; Sandra Michelle Bessa de Andrade Fernandes (EEN/UFRN - Escola de Enfermagem de Natal/UFRN) |
Resumo A Estratégia Saúde da Família (ESF) e os serviços de saúde mental vem consolidando o elo entre a atenção básica e a integralidade das ações. Nesse sentido impõe-se a discussão acerca da resolubilidade dos serviços no atendimento de pessoas com sofrimento psíquico nas áreas adscritas de atendimento de equipes de saúde da família. No presente relato descrevemos a experiência vivenciada na disciplina de Saúde Coletiva II do Curso Técnico de Enfermagem da Escola de Enfermagem de Natal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EEN-UFRN). Essa experiência caracterizou-se pelo desenvolvimento pioneiro da visita domiciliar de saúde coletiva com foco na abordagem de problemas e intervenções de saúde mental na educação profissional local. Inicialmente fizemos o levantamento das pessoas que faziam uso de psicotrópicos das microáreas de uma Unidade de Saúde da Família (USF) do distrito sanitário oeste da cidade de Natal-RN, assim como, de pessoas cujos familiares relatavam aos agentes comunitários de saúde algum transtorno mental. Em comunhão com as equipes da USF, construímos um instrumento de registro das visitas domiciliares com indicadores de avaliação em saúde mental. Em seguida, realizamos a visita domiciliar com os alunos que haviam cumprido o módulo teórico-prático do processo de cuidar em saúde mental. Nesse momento, identificamos os riscos, agravos, problemas de desassistência e possibilidades de intervenção aos comprometimentos da saúde mental das pessoas visitadas. A visita domiciliar favorece a identificação de condições de vida e de trabalho, os indicadores epidemiológicos e sanitários e, situações de vulnerabilidade de saúde, dentre estas, os transtornos mentais. Nessa perspectiva, alcançamos o desenvolvimento de uma compreensão ampliada dos alunos acerca do processo saúde-doença, dos saberes, práticas e ações em prol da importância de uma rede de atenção que ofereça cobertura às pessoas com sofrimento psíquico. Ao término dessa experiência obtivemos depoimentos dos alunos sobre a necessidade do futuro profissional técnico de enfermagem refletir e intervir na prática cotidiana da atenção básica e saúde mental. Destacamos a importância da articulação ensino-serviço no fomento de ações que contribuam para integralidade e promoção da saúde fortalecendo o elo entre saúde da família e saúde mental e contribuindo para a concretização de diretrizes que visem o enfrentamento dos problemas, avanços e desafios postos ao apoio matricial de saúde mental. Palavras-chave: educação profissional, visita domiciliar, apoio matricial de saúde mental |