1118-1 | Facilitadores de Educação Permanente em Saúde: multiplicidade de saberes e práticas dos Residentes na Estratégia do Apoio Institucional em Pernambuco | Autores: | Juliana Leão Pontes (SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de PernambucoCPQAM - Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães) ; Ingrid D’avilla Freire Pereira (SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco) ; Cristiane Silva de Oliveira (SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de PernambucoCPQAM - Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães) ; Idalacy de Carvalho Barreto (SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de PernambucoCPQAM - Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães) ; Gustavo Rego Muller de Campos Dantas (SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco) ; Agleildes Arichele Leal de Queirós (SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco) ; Maria Emília Monteiro Higino da Silva (SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco) ; Edna Mirtes dos Santos Granja (SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco) |
Resumo Entre os atores que defendem a Reforma Sanitária Brasileira (RSB), é consenso que muitos dos desafios encontrados ao longo do percurso de consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) estão relacionados à educação e ao trabalho em saúde. Esses, quando discutidos a partir da concepção de direito à saúde, questionam em que medida a formação em saúde tem dialogado com o fortalecimento do SUS e com os princípios defendidos pela RSB. A relevância desta questão e as possibilidades da articulação ensino-serviço sob uma perspectiva crítica se constituírem como um dos elementos essenciais à educação profissional em saúde no Brasil, são o ponto de partida deste relato. Pretende-se compartilhar a experiência dos Residentes em Saúde Coletiva envolvidos no processo de estruturação do Apoio Institucional da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), em Pernambuco. Na medida em que se constrói este relato, é também possível refletir sobre a multiplicidade de saberes e de práticas construídas entre a formação e o trabalho em saúde. É possível perceber duas polaridades: a primeira, relacionada ao padrão clássico e hegemônico de formação dos sanitaristas em Pernambuco, caracterizado pela racionalidade epidemiologicista e gerencial; e, a segunda, em que a Secretaria Estadual de Pernambuco incorpora, também por limites em seu padrão de gestão, uma nova estratégia para a intervenção nos coletivos e fortalecimento da política de saúde: o Apoio Institucional. Esta estratégia possibilitou a inserção dos residentes na condição de facilitadores educacionais, acompanhando e fazendo co-gestão do trabalho com os apoiadores, se localizando no “entre” as instituições, na tensão que provoca transformações em práticas já instituídas. Trata-se de movimentos instituintes mobilizados pela construção de relações no setor saúde a partir do potencial criativo do trabalho, em detrimento das formas de assujeitamento e alienação. A inserção dos residentes neste cenário tem sido desafiadora, na medida em que os sujeitos se constroem histórica e criticamente, e desvelam daí contradições do trabalho e do próprio modelo de formação. Tais contradições têm pautado reflexões importantes acerca das relações entre educação, trabalho, saúde e formação de consciência crítica. Questões que certamente se colocam como relevantes à construção do SUS e à retomada dos princípios da RSB. Palavras-chave: Apoio Institucional, Educação Permanente, Residência em Saúde Coletiva |