9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:1115-1



1115-1GESTÃO E PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: RESULTADOS E DESAFIOS
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Resumo

Estratégia de Saúde da Família (ESF) estabelece a dinâmica da co-responsabilidade dos indivíduos pela saúde, representando importante estratégia, agregando pessoas, em torno da problematização de suas condições de saúde. Isso também promove a mobilização da comunidade, para que suas necessidades sejam incluídas como prioridades na gestão do SUS. A participação da comunidade fortalece a implementação de ações de saúde, na proposta da intersetorialidade e integralidade, respondendo de forma contínua à demanda organizada. Eis aí o desafio: incorporar esse aprender ao cotidiano das equipes, tendo como referência as necessidades de saúde da população e, ao mesmo tempo transformando as práticas profissionais e a própria organização do trabalho. Os fóruns são realizados na UB/ESF Vidigal com a presença dos profissionais das equipes, lideranças locais, instituições públicas e privadas. São espaços coletivos, ricos em interações, conflitos, jogo de interesses, em diálogo onde outros conhecimentos e saberes estão sendo construídos. Isso conduz a um processo de democratização da gestão e conhecimento processo saúde-doença, pactuadas e compartilhadas com a comunidade e equipes. Estimular a participação da comunidade para o efetivo exercício do controle social; fortalecer a gestão participativa agregando e consolidando espaços de interlocução entre os usuários e equipes; ampliar a co-responsabilidade dos atores implicados no processo saúde doença. Os fóruns são mensais, itinerantes e abertos com as equipes, ONGs, Associações de Moradores, lideranças, representantes da sociedade civil. Cada mês acontece em um local diferente na comunidade. O livro/ata é instrumento que registra as necessidades, recursos, informações e ações de interesse da comunidade, problematizando assim condições de vida, o processo saúde e doença, atuação da comunidade. Esta experiência ampliou espaços de participação e interlocução com a comunidade e as equipes, surgindo soluções interventivas, de atenção à saúde, operando mudanças significativas no contexto local. Mas também foi possível perceber como as relações de poder são dinâmicas e como elas se estabelecem nos espaços institucionais. Isso suscitou debates e possibilitou o repensar e o construir de práticas de saúde compartilhadas com diversos saberes, com um olhar sobre a dinâmica social política e cultural local.


Palavras-chave:  Gestão, Intersetorialidade