Resumo

Este trabalho está relacionado à pesquisa “Formação para o Trabalho em Saúde: a experiência em implantação nos cursos de graduação – educação física, fisioterapia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional da UNIFESP – Baixada Santista, que vem sendo desenvolvida no LEPETS (Laboratório de Estudos e Pesquisas em Formação e Trabalho em Saúde) com financiamento do CNPq. Ele pretende apresentar o esboço de um novo conceito, o da “clínica comum”, em elaboração a partir da experiência de formação interprofissional em saúde que vem sendo desenvolvida em nosso campus universitário. Defende a sua proposição revisitando e relacionando-o a conceitos e noções estabelecidas, como de clínica ampliada, tecnologia leve e metapsicologia do cuidado. Procura indicar a sua singularidade na formulação de um campo de ação terapêutica que não poderia ser reivindicado como exclusivo por nenhuma das profissões de saúde, mas que tampouco poderia ser excluído delas. Mostra as diferenças existentes em relação às propostas de humanização, e discute a dimensão ética da prática em saúde que estaria envolvida em sua utilização. O estudo desenvolve-se discutindo três questões centrais para a formulação do conceito: a do “vínculo” terapêutico, a do encontro, e a do que pode ser prejudicial no cuidado. Ao final, aborda o que poderiam ser os objetivos da clínica, recuperando e problematizando as noções de autonomia e normatividade.