1088-1 | Estratégia de Saúde da Família: como possibilidade de organização da atenção básica e o exercício da gestão participativa. | Autores: | Carmen Marciela Schulz (UCS - Universidade de Caxias do SulUCS - Universidade de Caxias do SulUCS - Universidade de Caxias do Sul) ; Maria do Socorro Glória Bortolini (UCS - Universidade de Caxias do SulUCS - Universidade de Caxias do SulUCS - Universidade de Caxias do Sul) |
Resumo As políticas de saúde no Brasil atravessam modificações fundamentais que evoluem para a concretização de um modelo de saúde voltado a atender as necessidades da população. Neste sentido, a Estratégia de Saúde da Família(ESF)vem se configurando no plano da organização dos serviços de saúde, como estratégia ordenadora da Atenção Primária de Saúde no Sistema Único de Saúde(SUS). A ESF surgiu sob influência de Alma Ata, expressando a necessidade de ação urgente de todos os governos, sendo norteadora da descentralização e municipalização dos serviços de saúde,onde o desafio era a implementação efetiva do SUS,a partir da adesão dos secretários municipais de saúde(LIMA,2005).Conforme Duncan et al(2006),a ESF configura-se em uma ferramenta de fortalecimento de participação popular. Para a sua implantação é necessária primeiramente a decisão política da administração municipal.Porém, esta tomada de decisão deve contar com a participação de todos os sujeitos envolvidos com o sistema, para que o processo de mudança seja efetivado através da substituição das práticas tradicionais. É importante que esta lógica também se incorpore no campo do financiamento, ou seja, não se pode conceber a ESF como dependente de recursos paralelos, mas sim como uma prática que racionaliza a utilização dos recursos existentes com capacidade de potencialização de resultados.O presente estudo foi realizado em dois municípios da Serra Gaúcha,Bento Gonçalves e Garibaldi,o primeiro ampliando o número de equipes e o segundo implantando as primeiras equipes, seguindo as ferramentas de intervenção: mapas para organização da territorialização,oficinas temáticas, pôster, através da metodologia participativa, sob a perspectiva de um gestor municipal de saúde(Garibaldi)e uma funcionária pública (Bento Gonçalves)que vivenciam no seu cotidiano as dificuldades locais, seja no âmbito político ou intersetorial, em busca da sua efetivação. Acreditamos que a ESF, enquanto política social de saúde requer o trabalho engajado de todos os seus colaboradores e, sobretudo, a compreensão de seu alcance e necessidades na reestruturação do Sistema Público de Saúde nos nossos municípios, porque evidencia as fragilidades e limitações do modelo tradicional, portanto, a fomentação do planejamento seja no processo de trabalho, nos investimentos sócio-econômicos e na construção da cidadania, reafirmam no cotidiano os princípios básicos do SUS: Universalidade, Descentralização, Integralidade e Participação da Comunidade.
Palavras-chave: ESF, Gestao Participativa, Defesa do SUS |