Resumo

A gestão do trabalho e da educação na saúde é um dos fortes compromissos firmados pelos gestores através do Pacto de Gestão, evidenciado pelo Programa Nacional de Desprecarização do Trabalho no SUS (Portaria/GM nº. 2.430/03). As conquistas desse processo vem ratificando o acordo de implementar uma política pública de formação de recursos humanos que respeite as diversidades regionais, compartilhe as necessidades do SUS e incorpore aos processos de trabalho as inovações tecnológicas, fortalecendo as instituições que gerenciam recursos humanos em saúde. Nesse contexto se insere o Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde da ENSP/FIOCRUZ, realizado entre julho de 2008 e dezembro de 2009, no Rio de Janeiro. Realizado com recursos provenientes de contrato firmado entre a ENSP, o Ministério da Saúde, por intermédio da SGTES, e a UNESCO, o primeiro curso teve carga horária total de 1.440 h., ocorrendo em períodos presenciais de uma semana por mês, em horário integral. Destinado a dirigentes e docentes das Escolas Técnicas do SUS (ET-SUS) e gestores de recursos humanos das Secretarias Estaduais de Saúde (SES), pertencentes ao quadro de pessoal efetivo, o curso contou com 124 candidatos para o preenchimento de 30 vagas e formou 30 mestres procedentes das regiões Sudeste (9), Nordeste (11) e Centro-Oeste (10); 20 oriundos das ET-SUS e 10 das SES. Através das dissertações produzidas, cujos resumos estão publicados no livro “Mestrado Profissional em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde: ação e reflexões” (2009), foi possível verificar que o embasamento do programa do curso nas linhas de pesquisa contempladas pela ENSP provocou reflexões e questionamentos em relação às políticas para a melhoria dos serviços prestados tanto pelas instituições de ensino quanto de saúde, identificando desafios específicos frente à vocação e oportunidades loco-regionais. O êxito alcançado com o curso resultou na proposta de realização de um segundo curso no período de 2010-2012, desenvolvido com recursos do ProgeSUS, para o qual 192 candidatos concorrem para 20 vagas. O desafio é estabelecer conexões entre os conteúdos apreendidos na escola e os requerimentos do mundo do trabalho, em especial no âmbito da gestão em saúde, mediante um processo que leve em conta a experiência de vida, as aptidões e as características do sujeito, assim como as exigências que lhe são colocadas no cumprimento de suas obrigações profissionais e sociais.