Poster (Painel)
1072-1 | A IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DO PROGRAMA HORA DE COMER NO CENTRO DE SAÚDE DO SACO GRANDE: Um relato de experiência da Residência Multiprofissional em Saúde da Família. | Autores: | Janaina das Neves (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Rafaella C. Dimbarre de Miranda (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Nelize Moscon (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Maria Cristina Marcon (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Tânia Regina Kruger (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) |
Resumo Descrição da experiência: Este trabalho descreve a experiência das Residentes de Nutrição e Serviço Social do Programa de Residência Integrada em Saúde da Família (PRISF) de Florianópolis/Santa Catarina, na implementação do novo protocolo de um programa de suplementação alimentar, denominado “Hora de Comer” em um Centro de Saúde da Família (CSF) do município. Embora as prevalências de desnutrição venham decaindo ao longo da história, a desnutrição infantil ainda se constitui num problema de saúde pública e desafia os profissionais de saúde no seu enfrentamento, uma vez que corresponde à maioria das mortes de crianças com menos de cinco anos de idade e além das causas biológicas, também tem causas sociais. O Programa Hora de Comer, vinculado à Secretaria Municipal de Florianópolis, assiste crianças residentes no município em situação de risco nutricional e baixo peso, por meio de ações interdisciplinares e intersetoriais. Está estruturado em três etapas: acompanhamento da criança por meio de uma consulta médica mensal; reuniões educativas com os pais das crianças coordenadas pelos profissionais do CSF e fornecimento de uma cesta nutricional como complemento da alimentação das crianças. Caracterização do problema: Diversas crianças eram desligadas do Programa em função da desistência da família, ou por atingir o limite de idade preconizado. Algumas equipes de saúde desconheciam o novo Protocolo do Programa ou as crianças de sua área de abrangência inseridas no mesmo. O acompanhamento das crianças se limitava muitas vezes, à antropometria e orientações básicas, sem um plano terapêutico. Esses fatos trouxeram inquietações sobre a melhor forma de atender integralmente as crianças e famílias. A partir de então, as residentes coordenaram as reuniões educativas do Programa no período de Agosto/2008 à Dezembro/2009, abordando temas de saúde escolhidos pelo grupo por meio de metodologia da roda de conversa. Efeitos alcançados: Percebeu-se ao final da experiência uma participação ativa das famílias nos encontros educativos e uma formação de vínculo entre as residentes e as famílias, bem como destas e sua respectiva ES. Recomendações: Profissionais de saúde devem considerar os problemas multidimensionais envolvidos na determinação da desnutrição e assistir integralmente as famílias, por meio de investigação da realidade, da criação vínculo e articulação intersetorial para a proteção social das mesmas. Palavras-chave: Centro de saúde da família, Desnutrição infantil, Residencia em saúde da família |