9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:1067-1


Poster (Painel)
1067-1O TRABALHO EM EQUIPE: A MULTIPROFISSONALIDADE EM QUESTÃO
Autores:Cleusa Santos (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Ana Cassia Cople Ferreira (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

O trabalho em saúde ganhou relevância após a lei nº 8.080 que inverte o modelo de atenção para um modelo que tem a Atenção Básica como reguladora da saúde prestada à população. Para garantir a integralidade da atenção à saúde, utiliza-se a ESF. Desde a 8ª Conferência Nacional de Saúde em 1986, base do SUS, os princípios da Reforma Sanitária foram parcialmente incorporados (Cf. Bravo. 2007 p. 131), enfatizando a atenção básica e a participação social com equipes multiprofissionais. Tais medidas exigem mudanças substantivas na cultura das formações e das intervenções profissionais, pois “é a integralidade da ação à saúde e a participação social que remetem à importância da ação interdisciplinar no âmbito da saúde” (Vasconcelos, 2007, p. 160). É nosso objetivo colaborar nessa discussão a partir da análise da multiprofissionalidade, a partir da Lei Nº 11.129 de 2005 que institui a CNRMS. Examinaremos o trabalho de equipes multiprofissionais e a direção social que orienta as práticas profissionais, pois só se avançará se “a formação e a capacitação profissional estiverem relacionadas com um projeto de sociedade orientado para enfrentar as contradições que se expressam na crise da saúde” (Id., ibid., p, 2007). Como a função social dos profissionais da saúde de nível superior está inscrita na divisão social e técnica do trabalho, defendemos a perspectiva de classe como condição para o conhecimento da base econômica, social e cultural. Os profissionais devem dispor de uma visão/concepção de direitos sociais e de serviço público estatal que supere os interesses e necessidades do mercado. A cultura pós-moderna, expressão da ideologia dominante, é responsável por promover o desmonte dos direitos sociais: humaniza-se o capitalismo para promover a justiça social. Identificamos o pensamento pós-moderno nas propostas alternativas ao modelo vigente de saúde e propomos um trabalho em equipe que potencialize a mobilização ético-política na construção do SUS. Referências Bibliográficas: EVANGELISTA, J.E. Crise do Marxismo e Irracionalismo Pós-Moderno. Coleção Questões da Nossa Época; v.7. 3. ed. – São Paulo, Cortez, 2002 Temporalis. Revista da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS/Política de Saúde e Serviço Social: impasses e desafios.


Palavras-chave:  trabalho, ideologia, multiprofissionalidade