Poster (Painel)
1056-2 | EDUCAÇÃO ALIMENTAR E EM SAÚDE: RODA DE CHIMARRÃO COMO ESTRATÉGIA DE ENTRADA EM UMA COMUNIDADE DOMINADA PELO TRAFICO EM PORTO ALEGRE, RS BRASIL
| Autores: | Adriana Machado Maestri Carvalho (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) ; Maurem Ramos (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) ; Sabrina Lentz (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) ; Ana Paula Jasper (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) ; Veralice Gonçalves (UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULUFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL) |
Resumo O trabalho do profissional de saúde que atua em comunidades carentes freqüentemente se depara com limitações inerentes ao trafico de drogas e conseqüentemente a violência. Desta forma, ações que demandam a necessidade de atividades diretamente no território, como educação alimentar e de saúde, podem ser conflituosas. A busca por vinculo com a comunidade torna-se imprescindível encontrando no ACS um forte aliado.
Buscar descrever uma experiência de trabalho de educação alimentar e de saúde realizada em uma comunidade carente de Porto Alegre. Frente a necessidades de saúde apontadas como prioritárias pela ESF como: baixa adesão a campanhas de vacinação, atraso no calendário de vacinas, crianças baixo peso, gestante adolescente, trafico de drogas. Após um primeiro diagnóstico as mulheres foram eleitas como foco de entrada para atuação da equipe no território. A estes encontros chamamos de “RODA de Chimarrão”, onde na oportunidade as moradoras falavam informalmente sobre assuntos referentes as suas percepções em relação a equipe, ao trabalhos realizado e as suas necessidades de saúde. A equipe participante, basicamente composta por enfermeira, nutricionista, estagiárias de nutrição (UFRGS) e ACS. Foram coletados dados antropométricos dos participantes do grupo e realizadas orientações nutricionais e de saúde que se fizeram necessárias. Observamos um maior envolvimento dos participantes com as questões relacionadas a saúde e a alimentação. Por iniciativa das participantes os lanches(guloseimas) foram substituídos por frutas e sucos naturais da estação, debatidos as vantagens físicas, financeiras e solicitado material educativo sobre o tema. Assuntos como gestação na adolescência e saúde da mulher passaram a ser debatidos por sugestões do próprio grupo. O espaço mostrou rico para a formação acadêmica das alunas de nutrição. O Local da atividade inicialmente no meio de uma ruela, passou a ser realizado na casa de uma das participantes, o que demonstrou um grau de confiança a ser considerado.
O trabalho iniciado pelo nutricionista e a ACS, com o apoio da enfermagem e estagiários de nutrição chegou a ter a participação de outros profissionais da equipe, sendo considerado um sucesso. Contudo, com a saída da nutricionista, da equipe a atividade foi interrompida. Mesmo sendo um fato isolado, demonstra dificuldades da equipe em manter um trabalho de promoção da saúde. Sugere-se que outros estudos sejam realizados para verificar se esta é uma realidade.
Palavras-chave: Promoção da Saúde, Àrea Risco, Educação Alimentar |