Resumo

Caracterização do problema: O Programa Nacional de Telessaúde foi criado pelo Ministério da Saúde para fomentar a educação permanente dos profissionais das equipes de Saúde da Família, promovendo discussões sobre as dificuldades do processo de trabalho em busca da melhoria da qualidade no atendimento da Atenção Básica do SUS. Neste cenário foi criado o Núcleo de Santa Catarina, a princípio como projeto piloto até 2009. Em 2010, com a consolidação e instituição oficial do Programa Nacional, uma nova conformação da equipe identificou que as demandas educativas apresentadas ao Núcleo pouco partiam da real necessidade da Atenção Básica dos municípios, e que, por ser uma proposta de educação à distância, os profissionais estavam pouco habituados a utilizar suas ferramentas. Descrição da experiência: Foram traçadas 3 estratégias de enfrentamento: 1)Solicitar periodicamente pautas nas reuniões mensais da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) a fim de divulgar o Núcleo, apresentar as ferramentas, tirar dúvidas e incentivar a livre adesão dos gestores municipais por meio da assinatura de um Termo de Compromisso (TC) pelo qual se comprometem a permitir o acesso do profissional ao portal e a providenciar acesso a internet nas unidades de saúde; 2)Visitar as unidades de saúde dos municípios que assinaram o TC qualificando os profissionais das equipes para a utilização das ferramentas de educação à distância; 3)Aplicar durante a visita, um formulário aos profissionais das equipes, questionando sobre a quantidade de dúvidas durante o processo de trabalho, os temas das principais dúvidas, a formação daquele profissional na área de Saúde da Família, as sugestões de temas a serem abordados nos programas de educação e o tempo de atuação na mesma unidade de saúde. Efeitos alcançados e recomendações: As estratégias descritas estão em andamento, e já demonstram uma maior aceitação por parte dos gestores ao trabalho do Núcleo por vislumbrarem bons resultados ao investirem em educação permanente para seus profissionais, considerando ainda o baixo custo da adesão. Além de um aumento no número de cadastros, as visitas estão aproximando os profissionais das ferramentas, especialmente da Segunda Opinião Formativa. A aplicação dos questionários está possibilitando o planejamento dos programas de educação partindo das demandas diretas dos profissionais, fortalecendo o vínculo entre a equipe do Núcleo e os municípios de forma dinâmica.