Resumo

Caracterização do problema: O Ministério da Saúde criou em 2008, os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo da atenção básica, através da inserção de outros profissionais de diferentes áreas de conhecimento para atuarem em conjunto com os profissionais das equipes de Saúde da Família. Na mesma linha de consolidação da Atenção Básica, o Ministério da Saúde institui em 2007, o Programa Nacional de Telessaúde, com o objetivo principal de apoiar as ações de assistência à saúde e de educação permanente das Equipes de Saúde da Família, por meio da utilização de modernas tecnologias de informação e comunicação, capazes de promover a teleassistência e teleducação, melhorando a resolubilidade das equipes de saúde da família. Vislumbrando a possibilidade de integração dos projetos, e a potencialização da resolubilidade das equipes de saúde da família, o núcleo de Telessaúde de Santa Catarina criou o TeleNASF. Assim a proposta é de oferecer apoio matricial na lógica dos NASF, através da teleassistência e teleducação, especialmente para os municípios e equipes de saúde da família que não possuem acesso a estes núcleos. Descrição da experiência: Através da interação em webconferências e de visitas aos municípios, identificou-se a necessidade de ofertar serviços além dos núcleos disciplinares das equipes. Desta forma, agregaram-se a equipe já formada por médicos, enfermeiros, dentistas e técnicos de informática, mais quatro categorias de profissionais, sendo composta por farmacêutico, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo. Os teleconsultores, de acordo com seu núcleo disciplinar, realizam webconferências, respondem a segunda opinião formativa, e prestam assistência online de forma síncrona. Efeitos alcançados e recomendações: Espera-se com esse novo produto do telessaúde, qualificar ainda mais as equipes de saúde da família na busca do atendimento integral à sua população no próprio território, diminuindo riscos e agravos pelo deslocamento. A própria dinâmica do programa rompe com a lógica do encaminhamento, pois exige uma forte interação entre equipe matricial e equipe de saúde da família, uma vez que a resolubilidade se dá no âmbito da unidade de saúde da família, através do suporte de telematriciamento, reforçando a Atenção Básica como porta de preferencial de entrada, além de valorizar o profissional de saúde em sua comunidade, possibilitando ainda a geração de vínculo.