Poster (Painel)
1041-1 | TRANSPLANTE CARDÍACO: IMPRESSÕES DO PSICÓLOGO RESIDENTE | Autores: | Paula Moraes Pfeifer (IC/FUC - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ FUC) ; Cristiane Olmos Grings (IC/FUC - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ FUC) ; Mariana Alievi Mari (IC/FUC - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ FUC) ; Cynthia Seelig (IC/FUC - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ FUC) ; Evelyn Soledad Vigueras (IC/FUC - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ FUC) ; Patricia Pereira Ruschel (IC/FUC - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ FUC) |
Resumo Caracterização do problema: A indicação de um transplante cardíaco desperta ansiedades e fantasias no paciente que apresenta insuficiência cardíaca (Zipfel e cols. Journal of Phychosomatic Research. 1998;45(5):465-70). Além do sofrimento físico imposto pela doença, o paciente está exposto a sofrimento emocional pela incerteza e confronto com sua terminalidade.
Descrição da experiência: O Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC) iniciou a realização de transplantes cardíacos em junho de 1984. Em 1997, foi constituída equipe multiprofissional (cardiologista, cirurgião cardíaco, enfermeiro, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo e psiquiatra) para avaliação dos candidatos para transplante. Quando o paciente preenche as condições para ingresso na lista de espera passa a ser acompanhado pela equipe. Além da avaliação, o psicólogo realiza psicoprofilaxia cirúrgica, informando o paciente sobre a cirurgia, cuidado pós-operatório, escuta e reflete com o paciente acerca de suas ansiedades e fantasias. Após o transplante, aspectos relacionados à importância da aderência ao tratamento, à adaptação necessária no momento pós-cirúrgico e sentimentos em relação à experiência são enfatizados pela psicologia.
Efeitos alcançados: Devido ao elevado número de pacientes à espera de um órgão, limitadas doações e o alto custo econômico, é importante o bom preparo psicológico do paciente, criando melhores condições de enfrentamento para a realização de um transplante. Estudos na área mostram que a intervenção psicológica nesse momento possibilita uma redução importante no risco do paciente desenvolver um quadro depressivo pós-transplante, que influencia diretamente na adesão ao tratamento.
Recomendações: Tratamentos como estes, nos quais são depositadas muitas esperanças de sobrevivência e melhor qualidade de vida exige da equipe um bom preparo técnico-teórico e pessoal para o enfrentamento com a gravidade da doença. A interação dos membros da equipe multiprofissional, incluindo os residentes, e o enfoque em um trabalho interdisciplinar visando ä integralidade da assistência é de suma importância. A vivência dos profissionais residentes proporciona amadurecimento através de uma maior apropriação da teoria pela prática. Palavras-chave: equipe multidisciplinar, psicologia, transplantes |