Resumo

Introdução: A queda em idosos é um problema significativo em saúde pública, já que este tipo de acidente pode resultar em fraturas, diminuição da mobilidade e aumento da mortalidade. Entre 30 a 50% dos idosos com mais de 65 anos caem pelo menos uma vez por ano. Neste contexto, o TCC tem sido visto como uma prática corporal promissora, na Atenção Primária, para a prevenção e promoção da saúde. Objetivos: Avaliar a relação entre a prática de TCC, o equilíbrio estático e dinâmico, o medo de quedas e o número de quedas relatadas por idosos. Método: A população de pesquisa foi constituída por idosos com ≥60 anos, residente na área da US COINMA, do Serviço de Saúde Comunitária do GHC. Foram divididos em dois grupos: 50 indivíduos que se propuseram a participar do programa de treinamento de TCC e um grupo de comparação com 30 idosos da comunidade não praticantes (amostra por conveniência). Os pacientes serão avaliados antes e seis meses após o treinamento. Os instrumentos de avaliação foram: a) escala de Berg (14 tarefas com pontuações que variam de 0–4) utilizada para avaliação do equilíbrio estático e dinâmico; b) FES-I (16 perguntas que variam de 1-4) que refletem o quanto a preocupação com possíveis quedas restringe as atividades diárias e o convívio social; c) nº de quedas relatadas no ano anterior. Foi solicitado consentimento informado aos participantes da pesquisa, a qual foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do GHC. Resultados: Os resultados preliminares referem-se à avaliação inicial antes do treinamento de ambos os grupos (80 pacientes). Em relação à escala de Berg observamos média, mínima e moda de 51,96; 40 e 55. Em relação à FES-I a média, mínima e moda foram de 24,31; 16 e 19. No último ano, 36,25% dos idosos relataram pelo menos 1 queda. Os coeficientes de correlação entre Berg e FES-I, Berg e nº de quedas relatadas no ano anterior e FES-I e nº de quedas foram, respectivamente, de R2=0,393; R2=0,212 e R2=0,248. Conclusão: Os dados preliminares evidenciam, conforme esperado, uma correlação entre a perda de equilíbrio, o medo de quedas e número de quedas relatadas pelos pacientes. A continuidade do estudo demonstrará se haverá uma diferença significativa entre praticantes e não praticantes. Instituições de Fomento: Mestrado Profissional em Epidemiologia: Gestão de Tecnologias em Saúde com ênfase em Atenção Primária à Saúde UFRGS/GHC/MINISTÉRIO DA SAÚDE/SEGETS