9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:1035-1


Poster (Painel)
1035-1Percepções sobre as relações entre saúde e ambiente na população e profissionais de três unidades básicas de saúde, Belo Horizonte, 2009
Autores:João Henrique Lara Amaral (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Andréa Clemente Palmier (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Danielle Ferreira de Magalhães (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

Introdução: A interface saúde-ambiente tem sido discutida em diferentes cenários. Entretanto, as avaliações das percepções sobre as relações entre saúde e ambiente entre usuários e profissionais que vivenciam o cotidiano do SUS não têm sido frequentes. Esse trabalho faz parte do PET-Saúde da UFMG e Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Objetivo: Identificar as percepções sobre as relações entre sáude e ambiente de profissionais e usuários das Unidades Básicas de Saúde Jardim Guanabara, Nova York e São Gabriel em Belo Horizonte. Método: Um questionário, elaborado e avaliado por metodologia teste-reteste (kappa>0,61), foi aplicado em todos os profissionais de saúde em atividade nas três unidades e em uma amostra calculada dos usuários com mais de 18 anos residentes nas três áreas de abrangência. A análise descritiva foi feita no programa SPSS versão 17.0. A pesquisa foi aprovada por um Comitê de Ética. Resultados: Os itens considerados mais importantes para se ter saúde foram boa alimentação, atividade física e bom atendimento médico. Foram considerados problemas que afetam a saúde a presença de lixo e esgoto a céu aberto. A percepção do ambiente foi restrita à idéia de ambiente físico e menos da metade dos entrevistados considerou as pessoas como parte do ambiente. A maioria dos profissonais de saúde afirmou que os problemas do ambiente afetam a saúde, porém essa proporção foi inferior entre os usuários. Dengue, leptospirose e problemas respiratórios foram os mais citados como agravos relacionados com o ambiente. A maioria dos entrevistados sentiu-se incomodada com algum problema do ambiente. Entretanto, uma porção menor de entrevistados considerou-se responsável pelos problemas de saúde e ambiente da sua comunidade. Conclusão: As percepções sobre saúde e ambiente foram contraditórias em alguns aspectos. A partir desse diagnóstico é necessário que as unidades básicas de saúde incorporem essa discussão no seu cotidiano, viabilizando ações intersetoriais e multiprofissionais.


Palavras-chave:  saúde e ambiente, atenção primária à saúde, educação superior