Resumo

Introdução: As SIEPS ocorrem semanalmente em sistema de rodízio entre as cinco Unidades de Saúde da Família (USF) que estão sob a gestão da FMP/FASE, com a participação dos profissionais destas unidades e estudantes da graduação de medicina, enfermagem, nutrição e da pós-graduação de medicina de família e comunidade desta instituição. Desde sua implantação e implementação a partir de março de 2006 , tem como cenário o território destas USF e objeto o estudo de casos, extraídos do cotidiano das equipes pela metodologia da problematização e lógica da interdisciplinaridade. Objetivos: Geral: avaliar as SIEPS, como ferramenta de EPS, sob o olhar dos profissionais das USF e coordenadores da FMP/FASE. Especifico: levantar a participação do número de profissionais e estudantes, temas abordados e identificar o grau de satisfação e percepção dos coordenadores da FMP/FASE e dos profissionais de saúde das cinco USF-FMP/FASE em busca de dados que ratifiquem e/ou incrementem as atividades das SIEPS. Métodos: O instrumento de coleta de dados para os profissionais foi um questionário semi-estruturado, para os coordenadores uma entrevista gravada e transcrita para análise do conteúdo e pesquisa documental dos livros de registros. Resultados: De março de 2006 a novembro de 2009, as SIEPS passaram por três períodos de mudanças estruturais, sendo realizadas noventa e oito sessões com discussão de sessenta e oito temas clínicos. Na avaliação do grau de satisfação, os profissionais e coordenadores são unânimes em reconhecer as SIEPS como uma estratégia de ensino-aprendizagem e a reconhecem como uma ferramenta de EPS. Há um “desejo de mudanças” que divergem entre os profissionais, para estimular a participação dos profissionais que sentem-se desmotivados. Conclusão: Pelo olhar dos sujeitos da pesquisa, as SIEPS são uma ferramenta de EPS, caracterizando-se por um espaço de construção do conhecimento através das trocas e atualização profissional, com ênfase no trabalho em equipe na lógica da interdisciplinaridade. Sugerimos que o “desejo de mudanças” elencados pelos profissionais, seja aprofundado por um fórum com as equipes envolvidas ou por um trabalho de pesquisa complementar.