Resumo

Introdução: A cidade do Rio de Janeiro está organizada em 10 áreas de planejamento, a AP 5.3 reuni mais de 380 mil habitantes, onde a carência de recursos em saúde é um importante diferencial em comparação as outras áreas, razão pela qual a Prefeitura decidiu direcionar maior investimento, visando a alteração do modelo assistencial como também a ampliação dos serviços em saúde. O projeto TEIAS (Território Integrado de Atenção à Saúde) emerge tendo como base o Pacto pela Vida, focando a atenção primária através da Estratégia de Saúde da Família na totalidade do território adstrito da região. Objetivos: Expandir a rede de serviços de saúde na área programática, integrando seus diferentes níveis de atenção, ampliando o número de equipes de Saúde da Família, criando serviços especializados e mais acessíveis. Método: Primeiramente dividiu-se a região em 8 complexos comunitários com delimitação dos territórios, sendo utilizada a visitação as áreas, o mapeamento com base digital dos recursos socioambientais, o dialogo com as lideranças locais e levantamento de espaços públicos disponíveis, reuniões comunitárias e criação de indicadores de impacto. O processo envolveu negociações entre técnicos da SMSDC, representantes das comunidades, o conselho de saúde e gestores municipais e estaduais. Resultados: O TEIAS motivou a dotação orçamentária para a construção de 15 novas unidades, dentre elas: USF, CEO, CAPS tipo 3, CAPS Infantil, CAPS Álcool e Drogas , reformas de alguns prédios públicos para os NASFs, ampliação de serviços especializados na Policlínica e a criação de uma unidade de atendimento pré-hospitalar fixo. Já temos a ampliação do ambulatório de especialidades através da migração deste serviço da instância estadual para municipal, com sistema de agendamento integrado e realização de tomografia dentro da região. Conclusão: O projeto é uma proposta inovadora, considerando a atenção primária em 100% de cobertura no Saúde da Família. A organização dos NASFs , seus profissionais e locais de implantação surgem das discussões com as lideranças comunitárias e suas necessidades. Outrossim, é inédita a condução conjunta –Gestor Municipal/Estadual- na criação e reformulação de serviços de saúde. Sendo assim na efetivação de um sistema organizado de referência e contra-referência favorecendo o acesso a população.