Resumo

Caracterização do Problema: O princípio da integralidade vai além de ações institucionais e políticas; o desafio é pela instalação de dispositivos que possam romper com formas cristalizadas de se entender e realizar ações em saúde. As ações especializadas assiduamente ilustram e traduzem o isolamento das práticas de saúde. Desse modo, faz-se necessário contar com recursos para a construção coletiva de desenhos tecno-assistenciais e com acesso a todas as tecnologias de saúde para a redução de danos e sofrimentos e prolongameno da vida. A metodologia da Árvore de Problemas/Árvore de Objetivos amplifica essa possibilidade. E é isso que se pretende compartilhar. Descrição da experiência: Apresentam-se os conceitos e as etapas do processo e ilustra-se com a experiência de um grupo de trabalho composto por representantes de diferentes profissões do campo de Atenção do Adulto Crítico, cujo itinerário passa pela Emergência e pela CTI. A finalidade era a edificação da arquitetura da linha de cuidado, considerando a inserção da Residência Integrada Multidisciplinar em Saúde. A pergunta foi: qual o problema da Emergência? Árvore de Problemas é um diagrama simples cujo objetivo é organizar ordenadamente as informações para explicação do problema, identificando seus nexos causais (determinantes e condicionantes) e conseqüências. Entende-se problema como parte da realidade que denota um estado negativo. Escreveram-se então todos os problemas importantes relacionados. Ordenou-se cronologicamente, sucedendo-se a identificação do problema central: reinternações freqüentes em serviço de alta complexidade que poderiam ser atendidas na rede básica. Seguiu com a organização das causas principais e correlatas e dos seus efeitos. Efetuou-se o desenho da árvore e a conseqüente análise. O disparador para analisar e estabelecer objetivos e prioridades foi: o que pode ser feito para suprimir as frequentes reinternações? Efeitos alcançados: As condições negativas da árvore dos problemas reformularam-se em condições alcançáveis, o que levou a equipe a desenhar suas ações para alem do espaço da emergência, passando pela internação, domicílio e articulação com rede básica. Compartilhando a idéia de que “linhas do cuidado” significam a constituição de fluxos seguros a todos serviços que venham a atender às necessidades dos usuários (CECÍLIO E MERHY, 2003; FRANCO E MAGALHÃES J, 2003), a árvore dos problemas mostrou-se uma ferramenta eficiente para o que ela se propunha.