1004-1 | Projeto Educação Popular e Atenção à Saúde do Trabalhador: protagonismo e autonomia estudantil nas ações de extensão na comunidade | Autores: | Erika Valeska da Costa Alves (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Laiana Paula Severo de Sousa (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Carina Carvalho Correia Coutinho (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Letícia Lacerda Bailão (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Dailton Alencar Lucas de Lacerda (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Aline Vieira Kiss (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) |
Resumo INTRODUÇÃO: No Sistema Único de Saúde Brasileiro encontram-se grandes desafios a serem superados, mas também importantes avanços conquistados. Neste seu percurso, a materialização dos princípios de Universalidade, Integralidade e Eqüidade, e outros de caráter organizativos foram possíveis graças à visão de gestores, trabalhadores e segmentos organizados da sociedade. O trabalho tem como objetivo mostrar como a extensão na comunidade tem sido uma estratégia válida para uma formação mais humanizada e próxima dos setores de saúde, contribuindo para a formação de um profissional com qualidade e resolubilidade no SUS, mais capacitado em solucionar problemas e inserido nas estratégias de planejamento e produção da saúde. METODOLOGIA: O Projeto Educação Popular e Atenção à Saúde do Trabalhador (PEPAST) desenvolve ações no campo da Saúde do Trabalhador (ST) numa abordagem integral, interdisciplinar e intersetorial. Adota a Educação Popular em Saúde (EPS) como eixo teórico orientador de suas práticas. Abrange a dialogicidade, humanização, troca de saberes e empoderamento participativo, tendo como um de seus resultados o protagonismo estudantil, promovendo uma formação diferenciada ao estudante aberto a essa experiência. Dentro das atividades, vivenciadas na Comunidade Maria do Nazaré, destacam-se as visitas domiciliares realizadas em parceria com o Projeto Educação Popular e Atenção à Saúde da Família (PEPASF), onde estudantes em duplas interdisciplinares acompanham semanalmente determinadas famílias, criando assim um vínculo para que o olhar sobre o outro se torne mais humanizado. Outra atividade de destaque é o Grupo Operativo Interdisciplinar em Saúde do Trabalhador envolvendo trabalhadores e a estratégia de saúde da família da comunidade, onde em “rodas de conversas” discutem-se temas sugeridos, do cotidiano e do trabalho, em acolhimento com dinâmicas que tem como base a EPS. RESULTADO: O aprendizado adquirido pelo extensionista estrutura uma construção coletiva do conhecimento, multiplicação e fortalecimento de processos político-organizativos, promovendo uma maior percepção das limitações na produção de saúde tornando-os mais críticos e participativos frente à realidade desse sistema. CONCLUSÃO: Portanto, esta práxis permite que o estudante se perceba como ator deste cenário de construção da mudança que ocorre no modo de produção de saúde, tornando-o não apenas um mero expectador da realidade, mas um agente mobilizador e fundamental para esse processo. Palavras-chave: educação popular, protagonismo, extensão na comunidade |