1003-1 | EDUCAÇÃO POPULAR E SAÚDE: INICIATIVAS, DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES PARA REORIENTAÇÃO DA FORMAÇÃO EM SAÚDE | Autores: | Pedro Henrique Acioly Simões (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Carina Carvalho Correia Coutinho (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Helen Borges E Borges (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Mônica Lopez de Sousa (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Yullia Abreu Viana (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Dailton Alencar Lucas de Lacerda (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) |
Resumo Introdução: é necessário considerar a Educação Popular (EP) como um meio de educação desenvolvido através de processos contínuos e permanentes, que possui a intencionalidade de transformar a realidade a partir da troca de saberes entre os diferentes protagonistas, que aponta para os princípios do SUS como equidade, interdisciplinaridade e integralidade. A Educação Popular respeita o saber da comunidade, incentivando o diálogo e transformando este artefato em matéria-prima para a reorientação da formação em saúde. Objetivo: o presente estudo tem como objetivo identificar iniciativas, desafios e contribuições para a reorientação das práticas em saúde através da EP na formação acadêmica. Metodologia: as ações do Projeto de Educação Popular de Atenção a Saúde do Trabalhador (PEPAST) acontecem em três momentos semanais: 1) reuniões internas, onde são avaliadas, planejadas e sistematizadas as estratégias de ações do Projeto, assim como, a fundamentação teórica do grupo; 2) atividades integradas com parceiros desse campo como o CEREST, a CIST e ações na atenção básica de saúde na Comunidade Maria de Nazaré, em João Pessoa-PB e; 3) encontro quinzenal com trabalhadores na comunidade, em um grupo operativo onde “rodas de conversas”, priorizam o diálogo horizontalizado e a troca de saberes. Resultados: a importância da extensão articulada com a Educação Popular, apoiada pela interdisciplinaridade e intersetorialidade, características marcantes do projeto, fica evidente nas experiências e práticas desenvolvidas nas atividades do PEPAST. Como resultados, verificam-se por parte dos envolvidos, além de atitudes e habilidades novas, a resignificação do conhecimento pelo estabelecimento de uma nova síntese entre o saber popular e o erudito. Conclusão: tendo em vista sua dimensão estrutural, a Educação Popular, através do PEPAST, cumpre seu papel de difusor das práticas em saúde através de uma proposta inovadora e desafiadora, que rompe com uma concepção hegemônica histórica e tradicional da formação em saúde. Iniciativas baseadas nas ações coletivas remodelam a construção do cuidar, reorientando a formação profissional de acordo com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais. Palavras-chave: Educação Popular, PEPAST, Práticas em Saúde |