Resumo

O presente trabalho é um relato das três primeiras etapas do projeto “O teatro de animação com objetos hospitalares como mediador na humanização das relações entre profissionais da saúde e usuários do Grupo Hospitalar Conceição (GHC)”. A viabilidade do projeto foi possível devido ao recebimento do prêmio Interações Estéticas – 2009 concedido pela Fundação Nacional de Artes Cênicas –FUNARTE e que se propõe a experimentar o teatro de animação como mediador na humanização das relações entre usuários e profissionais da saúde do GHC; relatar a experiência a fim de contextualizar politicamente novas formas de valorizar a dimensão humana e subjetiva dos profissionais da saúde através da arte; e construir uma mostra do que será produzido durante o projeto a ser apresentada pelo autor e participantes aos usuários das unidades que integram o GHC. As etapas iniciaram em janeiro/2010 e tem previsão de encerramento para junho/2010. O projeto está dividido respectivamente em seis etapas: Divulgação e formação do grupo de participantes; sondagem, seleção e compra de materiais; aplicação do programa de pesquisa e experimentação; análise dos resultados do programa de pesquisa; preparação para divulgação dos resultados; apresentação dos resultados; e relatório final. Neste momento concluímos a terceira etapa onde através de oito atividades divididas em dois encontros semanais de quatro horas funcionou o que chamamos de laboratório de experimentação em teatro de animação com objetos. O laboratório proporcionou uma nova forma de relações entre profissionais da saúde participantes através da vivência e compartilhamento de experiências mediadas pelas possibilidades de animação que os objetos usados no tratamento das pessoas atendidas por estes profissionais possuem. Tendo em vista que os serviços de saúde caracterizam-se por um trabalho de natureza relacional, acreditamos que ao permitir uma comunicação no sentido de instituir um campo simbólico de trocas o projeto possibilitará aos profissionais da saúde interpretar situações vividas na assistência e valorizar sentimentos despertados na sua prática diária para incorporá-los no seu fazer em saúde.