9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:945-1



945-1PRECEPTORIA EM ATENÇÃO BÁSICA NA RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE
Autores:Denise Macedo de Miranda (ESP/RS - ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA RS) ; Claudia Sedano Fait (ESP/RS - ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA RS)

Resumo

O presente trabalho refere-se à experiência na preceptoria da Residência Integrada em Saúde (RIS) – Atenção Básica, da Escola de Saúde Pública/RS. A RIS Atenção Básica contempla várias atividades de ensino em serviço, além reflexões teóricas e pesquisa e é oferecida a profissionais de sete áreas da saúde: psicologia, nutrição, serviço social, enfermagem, fisioterapia, odontologia e farmácia. A preceptoria de ensino em serviço ocorre em dois âmbitos: cada área profissional recebe orientações a respeito de sua especificidade (núcleo) e todas recebem orientações sobre atividades comuns entre si (campo). A preceptoria de atividades de campo tem sido um desafio num universo (saúde) onde a cultura da especificidade/especialidade profissional ainda é muito forte. A experiência que se tem tido é de orientar e instrumentalizar as sete áreas profissionais da RIS (e a medicina da Residência Médica) em relação ao conteúdo de campo. O preceptor, através de uma relação empática, acolhe as demandas dos residentes e fornece orientação e suporte à sua trajetória de aprendizado para o saber e prática de campo. Sua tarefa inclui fomentar o diálogo, a interdisciplinaridade e a construção conjunta de ações nas equipes, tais como acolhimento, práticas educativas em saúde, territorialização, vigilância da saúde, gerenciamento, segurança alimentar, saúde mental, controle social, etc. Tem-se buscado, na preceptoria, uma relação de troca, de respeito e de aprendizado conjunto, considerando o sigilo, a ética profissional e os diferentes papéis existentes. Tem-se um trabalho também junto ao gestor e as equipes da assistência, buscando uma maior sintonia com a proposta de ensino da RIS. Como efeito deste trabalho, percebe-se a importância da constituição de um vínculo entre preceptor e residente, capaz de sustentar e facilitar o processo de formação das práticas comuns entre os profissionais da atenção básica. Observa-se uma dicotomia entre teoria e prática, pois além do residente trazer da graduação o conhecimento fragmentado, está inserido em equipes já em funcionamento e com diferentes processos de trabalho. O processo de integração ensino com assistência tem suas dificuldades e se deve investir para qualificá-lo. Espera-se que a preceptoria das atividades de campo possa ser cada vez mais fortalecida e facilitadora na formação de recursos humanos para o SUS, com perfil crítico e reflexivo, considerando a complexidade desse âmbito de atenção e os desafios ainda existentes.


Palavras-chave:  atenção básica, preceptoria, residência integrada em saúde