937-2 | Ensino da Oncologia nas Escolas Médicas Brasileiras | Autores: | Luiz Claudio Santos Thuler (INCA - Instituto Nacional de Câncer) ; Sheila Pereira (INCA - Instituto Nacional de Câncer) ; Anke Bergmann (INCA - Instituto Nacional de Câncer) ; Karine Duarte Gonçalves (INCA - Instituto Nacional de Câncer) |
Resumo INTRODUÇÃO: A Política Nacional de Atenção Oncológica aponta para a necessidade de fomentar a formação e a especialização de recursos humanos para a rede de atenção oncológica, competindo ao Instituto Nacional de Câncer (INCA) exercer atividades de formação, treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos, em todos os níveis, na área de cancerologia. Dentro das políticas de governo, cabe destacar o Pacto pela Saúde e o PAC Mais Saúde. OBJETIVO: Identificar o grau de inserção da temática “câncer” no currículo das escolas médicas brasileiras. METODOLOGIA: Foi realizado um inquérito nas Instituições de Ensino Superior que oferecem curso de graduação em medicina (n=178); realizados contatos telefônicos, por correio e por e-mail, com todas as escolas médicas do país; utilizado questionário estruturado composto de perguntas abertas e fechadas. A coleta de dados ocorreu entre o segundo semestre de 2009 e o primeiro semestre de 2010. Os dados foram analisados com apoio do programa estatístico SPSS e os resultados descritivos apresentados como proporções ou médias, conforme o caso. RESULTADOS: Do total de Escolas Médicas, 83 responderam ao questionário. Quanto à natureza, 42,1% eram escolas públicas, 41,0% privadas e 16,9% filantrópicas ou públicas não estatais. Essas escolas ofereciam anualmente, em média, 90 vagas (26 a 320) para ingresso de novos estudantes de medicina. O ensino da cancerologia é ministrado em 96,6% das escolas analisadas. Havia disciplina específica de oncologia em 54,5% e de cirurgia oncológica em 10,2% dos casos. Conteúdos de cancerologia eram ainda oferecidos em disciplinas da área básica em 25,0% e, por meio de disciplinas da área clínica ou cirúrgica, em 59,1% dos casos. Apenas três escolas médicas informaram não ministrar conteúdos específicos de cancerologia como parte da formação de médicos. Ademais, 25 escolas (30,1%) informaram possuir programa de residência médica em diferentes áreas. Complementarmente às atividades de graduação e residência médica, em 50,6% das ocasiões eram desenvolvidas outras atividades ligadas à cancerologia, tais como: cursos de especialização, aperfeiçoamento, atualização e extensão, ligas universitárias, estágios curriculares e grupos de pesquisa. CONCLUSÕES: Há necessidade de se discutir coletivamente o ensino na cancerologia nas escolas médicas visando ampliá-lo e adequá-lo à realidade e às necessidades atuais do país. Palavras-chave: Ensino, Oncologia, Medicina |