923-1 | OFICINA DE GESTÃO PARTICIPATIVA DA ABEN CEARÁ: diálogo como princípio da formação de sujeitos | Autores: | Maria Rocineide Ferreira da Silva (UECE - Universidade Estadual do CearáANEPS - Articulação Nacional de movim. e Prát. de Educ. Pop e saúde) ; Sâmya Coutinho de Oliveira (UECE/ ABEN - Universidade Estadual do Ceará/ Assoc. Brasil. de enferm.) ; Raimundo Augusto Martins Torres (UECE - Universidade Estadual do Ceará) ; Anísia Ferreira Dantas (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza) ; Elias José da Silva (SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza- Projeto CirandasANEPS - Articulação Nacional de movim. e Prát. de Educ. Pop e saúde) ; Ray Lima (ANEPS - Articulação Nacional de movim. e Prát. de Educ. Pop e saúdeSMS - Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza- Projeto Cirandas) |
Resumo
O trabalho em saúde e enfermagem envolve relação entre sujeitos. Precisa ser construída no cotidiano a partir de agenciamentos que garantam qualidade naquilo que se faz. Sendo que qualidade deve ser vista como algo formal que se aprendeu ao longo da formação desenvolvida no curso institucional; e política, quando as relações desenvolvidas na linha da vida também são percebidas como fonte de compartilhamento de saberes. Nessa perspectiva que se pautou a realização da oficina de gestão participativa da Aben Ceará. Para se entender que caminhos devem ser seguidos faz-se necessário formar politicamente sujeitos que se impliquem na co-gestão de processos do campo da saúde. Tomando como foco o princípio da participação e da dialogicidade a enfermagem tem assumido historicamente papel de gestora em vários espaços, contribuindo desse modo com a consolidação do SUS e a ressignificação de práticas. Ampliar essa participação e sua forma foi uma das tarefas discutidas na oficina realizada em novembro de 2009 em Fortaleza, Ce. Como proposta educativa de base freireana a oficina foi construida por docentes, trabalhadores da saúde e participantes do movimento popular. Participaram da oficina além de enfermeiros gestores da área hospitalar,da atenção básica, das representações da enfermagem, acadêmicos de enfermagem, conselheiros de saúde e participantes dos movimentos populares. Questões geradoras contribuíram para reflexão do grupo e fomentaram o debate e a necessidade de continuá-lo. A partir do questionamento sobre a compreensão do que é gestão participativa evidenciou-se a necessidade de legitimação de pessoas para exercer seu poder de forma autônoma; além da implicação de sujeitos. Uma outra rodada de discussão o tema Como a minha formação e prática profissionais estão contribuindo para mudar as adversidades da realidade? emergiu dos grupos a necessidade de reforçar a articulação do tripé universitário e fortalecimento da extensão popular, e dos estudantes no estudo relacionado a atenção primária e a discussão sobre a categoria trabalho. Os grupos sinalizam potencialidades para a construção do diálogo do campo da gestão e do fortalecimento da enfermagem. Esse momento, foi visto como um dispositivo para disparar essa ação de criar espaços de dialogar e articular outros momentos para em permanência formar sujeitos e contribuir com suas reflexões no campo da enfermagem, no campo da saúde, na construção do SUS e que enquanto cidadãos precisamos defendê-lo. Palavras-chave: gestão participativa, formação, enfermagem |