Resumo

Introdução: No Brasil, 40% da população apresenta algum tipo de quadro álgico que compromete sobremaneira a qualidade de vida e o rendimento laboral. Nas últimas décadas, verificou-se um grande interesse e um progresso significativo na área da terapia antálgica, em decorrência do aumento da expectativa de vida e da sobrevida relacionada aos traumas. A International Association for Study of Pain, considera o alívio da dor um direito previsto na Declaração dos Direitos Humanos da Organização Mundial de Saúde, tendo impacto significativo sobre a qualidade de vida e na sobrecarga do Sistema de Saúde. Ancorados nesta visão e aliados ao Protocolo de Manchester,criou-se um espaço para capacitação de equipe da Estratégia de Saúde da Família, direcionada à triagem, diagnóstico e orientações aos portadores de processos álgicos agudos e crônicos, incluindo os em atendimento domiciliar e dependentes de cuidados. Objetivos: - Promoção da educação continuada da equipe de saúde, direcionada à Clínica da dor -Sensibilizar a equipe de saúde quanto á necessidade do atendimento holístico -Atendimento resolutivo e acompanhamento do paciente e cuidadores -Implantação da ferramenta para aferição da dor como 5o sinal vital Material e Métodos: O treinamento foi composto por 2 módulos presenciais aplicados no período de outubro de 2009 á abril de 2010, com a participação de 28 profissionais da área de saúde, utilizando-se de material audiovisual baseado nas normas da Organização Mundial de Saúde, sendo a ferramenta escolhida para implantação da aferição da dor como 5o sinal Vital a escala Analógico Visual. Previamente à apresentação do material, aplicou-se um questionário com o intúito de avaliar o conhecimento da equipe acerca do assunto. Após a intervenção aplicou-se outro questionário a fim de avaliar a efetividade da ação proposta e agregar sugestões facilitadoras do processo. Resultados: Através da avaliação dos questionários aplicados pré e pós intervenção, observou-se a carência de conhecimento a respeito do assunto e uma otimização significativa do mesmo após o desenvolvimento das atividades. As ferramentas utilizadas para a capacitação, foram de fácil aplicação e compreensaõ, o que estimulou o grupo à participação efetiva das atividades propostas. Conclusão: A capacitação da equipe de saúde da atenção básica possibilita ações preventivas e efetivas, otimizando a qualidade do trabalho desenvolvido .