Poster (Painel)
915-1 | A EXPERIENCIA DO ACOLHIMENTO EM UMA UNIDADE PUBLICA DE SAUDE | Autores: | Eliane Monteiro (SMSDC - Secretaria Municipal de Saude e Defesa Civil) ; Maria da Penha Santos (SMSDC - Secretaria Municipal de Saude e Defesa Civil) ; Maria das Graças Oliveira (SMSDC - Secretaria Municipal de Saude e Defesa Civil) ; Dayse Saraiva (SMSDC - Secretaria Municipal de Saude e Defesa Civil) ; Helio Alevato (SMSDC - Secretaria Municipal de Saude e Defesa Civil) ; Maria Edeia Giovanini (SMSDC - Secretaria Municipal de Saude e Defesa Civil) ; Ana Luiza Alves dos Santos (SMSDC - Secretaria Municipal de Saude e Defesa Civil) ; Gloria Sezedello (SMSDC - Secretaria Municipal de Saude e Defesa Civil) |
Resumo Acolher significa reorganizar os serviços garantindo resolubilidade e atendimento humanizado. A proposta do acolhimento na Unidade foi reorganizar o processo de trabalho, deslocando o eixo central da figura do médico para uma equipe multiprofissional, garantindo a acessibilidade aos serviços. A experiência demonstrou que a escuta ao usuário e o comprometimento com seu problema de saúde, além de promover a qualificação da relação trabalhador - usuário, atendeu aos princípios básicos de humanização e cidadania. A Unidade constitui um campo de estagio para estudantes de nível médio e superior, participando no processo de formação desses profissionais. Os estudantes vêm adquirindo a experiência do acolhimento junto aos profissionais no momento em que participam das relações que se estabelecem entre clientes e a Unidade de saúde. A integração entre os membros da equipe permite compartilhar informações e tomar decisões, com base na responsabilização e comprometimento. Parte dos usuários que buscam o atendimento nas Unidades de Saúde sente-se excluído dos serviços. Culturalmente sabemos que vão buscar o atendimento médico, por outro lado que muitas dessas demandas individuais requerem apenas uma escuta para encaminhamentos, referências e atendimento que pode ser dado por outro profissional que não o médico. A Unidade implementou a proposta, onde os usuários passaram a ser acolhidos considerando-se a sua vulnerabilidade aos agravos e as adversidades da vida, além do contexto socioeconômico que envolve cada cidadão. Os profissionais vêm exercendo suas funções com maior autonomia e a continuidade e reorganização do atendimento foi fundamental para garantir a integralidade da assistência. O acolhimento só foi possível porque houve gestão participativa associando de forma clara o discurso da inclusão social. Há ainda dificuldades no processo, a inserção do profissional médico, além de recursos humanos com perfil para atuar nesta nova estrutura de organização. Rever a lógica da organização dos programas ainda é um desafio para todos na equipe. O trabalho em saúde ainda gira em torno da consulta médica no padrão de consultas individuais, sem uma preocupação da visão macro das linhas de cuidados que envolvem os fatores de risco, faixa etária, possibilidades terapêuticas e classificação de risco com foco na vulnerabilidade.
Palavras-chave: Acolhimento, Vunerabilidade, Linhhas de Cuidado |