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903-2 | MEDICALIZAÇÃO DO CORPO FEMININO NAS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS DA ÁREA DA SAÚDE BRASILEIRAS – 1999 a 2008 | Autores: | Sabrina Gonçalves Aguiar Soares (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Andrea Prochnow (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Letícia Becker Vieira (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Lucia Beatriz Ressel (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Paola da Silva Diaz (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) |
Resumo A medicalização do corpo feminino traz vários aspectos importantes a se discutir e refletir. A necessidade de controlar as populações, aliada ao fato de a reprodução ter seu foco na mulher, transformou a questão demográfica em problema de natureza ginecológica e obstétrica, e permitiu a apropriação médica do corpo feminino como objeto de saber, ou seja, a medicalização do corpo feminino1. Temos como objetivo caracterizar as produções científicas brasileiras na área da saúde acerca da temática da medicalização do corpo feminino. Trata-se de estudo de revisão, quanti-qualitativo, com abordagem descritiva. Os dados foram pesquisados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS)e LILACS. A busca procedeu-se em novembro de 2009, foi dado ênfase nos dados de 1999 a 2008. Os critérios de inclusão foram: artigo publicado em periódicos nacional, autoria de (pelo menos um) brasileiro, dados coletados no Brasil e disponibilidade do texto completo em suporte eletrônico. Os resultados, distribuídos em uma periodicidade anual apontam: 02 artigos de pesquisa em 2004, 02 artigos de revisão de literatura em 2005, 01 artigo de pesquisa e 01 artigo de revisão de literatura em 2006, 01 artigo de revisão de literatura em 2007 e, em 2008, encontrou-se 02 artigos: 01 de pesquisa e um de revisão. Quanto à subárea de conhecimento, encontrou-se: estudos de enfermagem (03), medicina (02); psicologia (02) e multiprofissionais (02). Os sujeitos dos artigos de pesquisa foram: 36 pessoas, entre usuários, acompanhantes e profissionais de diferentes áreas e setores3, residentes dos Serviços de Obstetrícia/Ginecologia do Instituto Fernandes Figueira (IFF) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), que concluíram a Residência Médica em janeiro de 20042, 17 mulheres usuárias de ansiolíticos que utilizam o serviço público de Natal (RN) e 427 mulheres que faziam o acompanhamento de pré-natal. Destaca-se a contribuição da enfermagem no contexto da medicalização do corpo feminino. Aponta-se que o enfermeiro está implicado nas ações de saúde da mulher, sendo incentivado desde sua formação acadêmica a visualizar a mulher em todo seu contexto, e não somente como a mãe com sua “função reprodutora”. A enfermagem tem participado das principais discussões acerca da saúde da mulher, juntamente com movimentos sociais feministas, em defesa do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. Porém, não podemos esquecer-nos de assistir a saúde da mulher em todos seus aspectos, e não só o reprodutivo. Palavras-chave: educação em saúde, enfermagem, saúde da mulher |