Resumo

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) introduz equipe nuclear, composta por médico generalista, enfermeiro, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS), que almeja a reorganização da atenção primária à saúde (APS) e não apenas o aumento da extensão da cobertura das ações de saúde. Os ACS por morarem na comunidade em que trabalham, vivenciam os problemas e potencialidades da mesma, tendo como objetivos de trabalho identificar situações de risco, orientar as famílias e comunicar a equipe de saúde acerca de algo identificado junto à população. Com o “objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da atenção básica”. (BRASIL, 2008) temos a edição da portaria GM nº 154 de 24 de janeiro de 2008, a qual institui os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), os quais devem ser formados por uma equipe de profissionais de diferentes áreas, com o intuito de atuarem junto às Equipes de Saúde da Família, apoiando-as e dando suporte em áreas específicas. Nesse sentido temos em dezembro de 2008 o início do trabalho das equipes NASF na Zona Sul do município de São Paulo, região da Supervisão Técnica de Saúde de Campo Limpo e Vila Andrade em parceria pública com Instituto Israelita de Responsabilidade Social (IIRS) Albert Einstein, compostas por: fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico psiquiatra, nutricionista, psicólogo e assistente social. Dentre as atividades propostas para as equipes, temos a capacitação para os profissionais da ESF com foco no ACS. O ACS tem papel importante com a equipe de saúde e o usuário, na produção do cuidado. Portanto foi proposta capacitação em cada uma das áreas dos profissionais que compõem a equipe NASF, com encontros quinzenais. Foram discutidos temas como: nutrição na infância, desenvolvimento neuropsicomotor, luto, relaxamento, dentre outras. Como resultados pudemos observar grande participação e interesse pelos temas e incorporação das informações no dia a dia de trabalho das ACS, como pudemos observar em vários momentos: visitas domiciliares, reuniões de equipe, discussões de casos. Apostamos nessa estratégia como forma de melhor orientar as ações dos ACS na produção do cuidado e no maior vínculo com a equipe NASF.