881-1 | Agentes Comunitários de Saúde: relato de uma atividade voltada para o conhecimento destes atores da ESF numa UBSF de Campo Grande-MS | Autores: | Patrícia Roberta Berithe Pedrosa de Oliveira (PMCG - Prefeitura Municipal de Campo Grande - MS) ; Fernando P Ferrari (UCDB - Universidade Católica Dom Bosco) ; Marina Aguillar de Souza (PMCG - Prefeitura Municipal de Campo Grande - MS) |
Resumo Caracterização do problema: O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um importante articulador entre os serviços de saúde e a comunidade. Entretanto, exatamente por residir e atuar na sua comunidade sofre forte pressão, tanto por parte desta mesma, como da própria equipe de Saúde da Família, o que pode gerar agravos a sua saúde e prejuízos em sua qualidade de vida (QV).
A proposta de se avaliar a QV de ACS surgiu a partir de observações e experiências vivenciadas por profissionais da equipe NASF no cotidiano destes profissionais. Assim, a presente atividade objetivou conhecer, através de abordagem qualitativa, aspectos sócio-demográficos, satisfação com o trabalho, bem como a influência do trabalho na QV do ACS. Houve apoio matricial da Universidade Católica Dom Bosco,de Campo Grande – MS,na realização desta atividade.
Descrição da experiência: Foram realizados três encontros com os ACS da UBSF Zé Pereira de Campo Grande – MS, sendo aplicadas, a cada encontro, dinâmicas visando o entrosamento entre as agentes e o levantamento de discussões de assuntos habituais de seu cotidiano através de rodas de conversa. No último encontro os ACS responderam individualmente e de maneira auto-administrada o instrumento WHOQOL-Bref e um questionário complementar.Eles manifestaram a vontade de receber capacitação para desenvolverem atividades de educação em saúde com a população e sugeriram atividades direcionadas ao cuidado da própria saúde.
Houve também momentos de desabafo quanto ao pouco reconhecimento da comunidade que é, ao mesmo tempo, a fonte de recompensa pelo trabalho realizado.
Dos doze ACS entrevistados 41,6% consideraram sua QV nem ruim e nem boa e 25%deles referiu insatisfação neste quesito. Chamou a atenção o uso de medicações que foi referido por 8 ACS, dos quais 5 usavam anti-inflamatórios ou analgésicos devido a dor crônica.
Efeitos alcançados: A atividade desenvolvida com os ACS permitiu uma aproximação destes com a equipe NASF, o conhecimento de como está a QV destes profissionais, além de aspectos sócio-demográficos dos mesmos. As sugestões foram levadas à Secretaria de Saúde, com vistas a implementação num futuro próximo de atividades visando o bem-estar destes profissionais.
Recomendações: Esta experiência aponta para a necessidade de novas estratégias para a melhoria das condições de vida e trabalho dos ACS o que, sem dúvida, poderá trazer um impacto nas ações desempenhadas por esses profissionais e, conseqüentemente, na saúde da população.
Palavras-chave: agentes comunitários de saúde, qualidade de vida, saúde no trabalho |