870-1 | Educação permanente e saúde mental: Uma cartografia das ofertas no estado do Rio de Janeiro | Autores: | Luan Carpes Barros Cassal (UFRJ - Universidade Federal do Rio de JaneiroUFF - Universidade Federal Fluminense) ; Clarice Moreira Portugal (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Leiliana Maria Rodrigues dos Santos (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Vanessa Marinho Pereira (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Cintia Quintanilha (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Flavia Fasciotti Macedo Azevedo (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Ana Lúcia Abrahão da Silva (UFF - Universidade Federal FluminenseUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Maria Paula Cerqueira Gomes (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) |
Resumo Com a reforma dos modelos de cuidado e de atenção à saúde mental, passando de instituições de internação para a aposta em uma rede de atenção psicossocial extra-hospitalar de base comunitária, urge a necessidade de transformação dos processos formadores dos profissionais de nível superior. Porém, que espaços de formação estão instituídos no Estado do Rio de Janeiro? Quais são as ofertas de formação, e quem são os atores estratégicos? O presente trabalho teve como objetivo identificar e analisar estratégias de formação e qualificação das equipes de saúde mental implantadas no Estado do Rio de Janeiro. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, que incluiu levantamento bibliográfico, o mapeamento das instituições formadoras e a localização de atores estratégicos. As informações foram obtidas por meio de levantamento documental e entrevistas semi-estruturadas. Com esses dados elaborou-se uma matriz analítica, cuja finalidade é a sistematização e análise do material. Neste primeiro momento, investigamos instituições de ensino médio profissionalizante e superior (públicas e privadas), escolas de formação especializada, unidades e secretarias municipais e estaduais de saúde. Pudemos observar que a maior parte destas se nomeia como instituição de educação permanente, o que gera algumas problematizações, visto que o referido termo pode se dar de diversas formas que não as estruturadas e delimitadas em cursos. Há cursos disponíveis para profissionais de ensino médio e superior, sendo a maior parte gratuita. Porém, não há um mapeamento oficial dessas ações. Cabe, assim, questionar os limites, bem como o alcance desses espaços, na medida em que essa organização acaba por dar orientações - mesmo que não evidentes - ao fluxo de conhecimento e informação entre os profissionais. Dessa forma, foi possível observar nesta pesquisa a importância da publicização da formação em saúde mental e do papel central das instituições formadoras em sua implementação. Entendendo que o mundo do trabalho é uma escola (Mehry, 2005), pode-se considerar que a formação permanente se dará também na rede de serviços. Por isso, uma etapa seguinte desta pesquisa é a investigação de outros dispositivos na rede, tais como a supervisão clínica-institucional. Palavras-chave: Educação Permanente, Saúde Mental |