865-1 | O Ensino da Medicina Humanística na Prática Clínica Diária | Autores: | Fernando Soares Guedes (CENTAP-SCS - Centro de Estudos em Novas Tecnologias na Atenção Primária dFM ABC - Faculdade de Medicina do ABC) ; Maria José Pereira Zago (CENTAP-SCS - Centro de Estudos em Novas Tecnologias na Atenção Primária d) ; Josefina Italia Ratto Barbetta (CENTAP-SCS - Centro de Estudos em Novas Tecnologias na Atenção Primária dFM ABC - Faculdade de Medicina do ABC) |
Resumo Introdução:
O ensino e a prática da atenção à saúde vêm sendo analisados e debatidos, há um consenso geral quanto à insatisfação e à necessidade de reformulações destas atividades, principalmente no tocante ao resgate do humanismo e da humanização. A história da medicina mostra que uma das chaves para isto é a tipologia, esta foi uma ferramenta utilizada por praticamente todos os grandes expoentes da medicina, em diferentes culturas e civilizações, ocidentais e orientais. Hipócrates tinha a sua tipologia.
Objetivo:
O objetivo é apresentar, demonstrar e ensinar na prática clínica diária a medicina humanística e como utilizar as ferramentas desta prática.
Método:
A grade curricular do 5ºano da Faculdade de Medicina do ABC(desde 2008) prevê um estágio de 3 semanas na UBS⁄Escola de São Caetano do Sul. O objetivo deste estágio é demonstrar a utilização da tipologia na prática clínica diária. Para tanto mudamos o foco de atenção da doença para o ser humano a manifesta, do assistencialismo e da medicalização para o diálogo e o incentivo de uma postura pró-ativa dos pacientes. Ao focar na pessoa doente, o estágio evidencia que o modo de ser e de adoecer são construções da história de vida de cada indivíduo, onde o psíquico e o fisiológico estão intrinsecamente relacionados. Os alunos entram em contato com outras ferramentas, como a homeopatia e a acupuntura. E vêem a utilização da tipologia de Jung, da tipologia da Medicina Tradicional Chinesa (Teoria dos 5 Elementos)e da tipologia da Homeopatia Clássica de Kent.
Resultados:
Os estudantes, em geral, têm grande experiência no estudo das doenças, mas estudar pessoas é algo novo para eles. Para a maioria deles a tipologia é somente uma curiosidade, algo histórico e ultrapassado e não vêem nela uma relação com a prática clínica diária. Em face disto, a primeira reação dos alunos é de estranhamento e de curiosidade. Com o passar dos dias percebem as boas reações dos pacientes e a grande aderência ao tratamento proposto. Com o tempo começam a adquirir certa habilidade na prática e no uso da tipologia como ferramenta clínica.
Discussão:
O modelo humanístico proporciona a visão integral do ser e do adoecer. Quando é incorporada à formação do médico deixa claro que apenas aprendizado das habilidades técnico-instrumentais é insuficiente para o seu exercício, exige o desenvolvimento das capacidades relacionais que permitem o estabelecimento de um vínculo adequado e uma comunicação efetiva. Palavras-chave: Educação Médica, Humanísmo, Humanização |