Resumo

Introdução: Para promover, proteger e recuperar a saúde dos escolares deve-se considerá-los em seu contexto familiar, comunitário e social, de forma integrada entre os profissionais envolvidos. Na questão corporal, muitos problemas posturais têm sua origem nos períodos de picos de crescimento e desenvolvimento, ou seja, na infância e na adolescência. A atuação da fisioterapia, na detecção e prevenção precoce de alterações e de disfunções posturais dos escolares, possibilitará melhor qualidade de vida na idade adulta. Objetivo: Identificar as alterações e as disfunções posturais mais freqüentes em escolares, para realizar ações fisioterapêuticas que promovam a funcionalidade do corpo, a capacidade do indivíduo para o auto cuidado, a melhora da auto-estima e a socialização. Método: Esse é um projeto extensionista, realizado por acadêmicos do Curso de Fisioterapia - UFSM, a partir do 5º semestre, sob orientação docente. As atividades foram iniciadas no ano de 2009, no Centro de Referência Familiar Recanto do Sol - uma organização filantrópica, situado na periferia da cidade de Santa Maria - RS. Neste centro, são recebidos escolares na faixa etária entre sete e doze anos, oriundos de três escolas municipais da proximidade. Como forma de complementar as atividades escolares, o centro oferece atividades de recreação, educação, saúde, alimentação e assistência social. Nesse projeto, a atenção fisioterapêutica, inicialmente, está em realizar avaliação postural e antropométrica. Após, os interessados são agrupados, em no máximo 10 indivíduos, de acordo com a faixa etária, o sexo e as alterações posturais apresentadas. Realizam-se atividades, de forma lúdica, compreendendo exercícios de alongamento, relaxamento e consciência corporal. Também são realizadas conversas e palestras, informativas, sobre cuidados corporais e de saúde em geral. Os grupos são trabalhados durante uma hora por semana. Aqueles que apresentam problemas físicos e/ou motores mais sérios são encaminhados para um tratamento individualizado. Conclusão: Os dados coletados ainda não são conclusivos. Nas escolas, encontramos um campo com potencial para se investir na educação em saúde e em cuidados preventivos de crianças, adolescentes. A carência desse investimento pelo sistema de saúde do nosso país dificulta a inserção da atuação da fisioterapia, bem como, de outras profissões da área da saúde, no espaço escolar.