9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:799-1


Poster (Painel)
799-1EXPERIÊNCIAS DE OUTROS PROFISSIONAIS, ALÉM DA EQUIPE MÍNIMA, NA SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Autores:Shirley Soares da Silva Marins do Patrocínio (HESFA/UFRJ - HOSPITAL ESCOLA SÃO FRANCISCO DE ASSIS/UFRJ) ; Marina Ferreira de Noronha (ENSP/FIOCRUZ - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA/FIOCRUZ)

Resumo

Este trabalho apresenta um levantamento de produções científicas da base SCIELO publicadas entre 1997-2006, que abordam a atuação de assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas na Estratégia Saúde da Família (ESF). Trinta e uma palavras-chave foram estabelecidas, sendo selecionados textos que continham alguma destas palavras no título, no campo de assunto ou nas palavras-chave do próprio artigo. Após o levantamento por palavras-chave, obteve-se 1.548 artigos publicados nos 176 periódicos da SCIELO. Esses artigos foram refinados através da observação dos títulos, totalizando 111 artigos para categorização. Os artigos foram categorizados para auxiliar a seleção daqueles que seriam analisados na discussão. Após a seleção das categorias, foi necessário leitura dos resumos de 25 artigos para escolha pertinente ao tema. Desse total, 7 foram escolhidos para a discussão, abordando comentários acerca das informações e opiniões de seus autores. No levantamento não foi encontrada produção científica sobre assistentes sociais e fisioterapeutas na ESF, 3 versavam sobre a participação de nutricionistas e 4 sobre psicólogos na Saúde da Família. Um artigo defende a inserção do nutricionista na equipe, outro remete-se à questão do nutricionista enquanto “capacitador” e o terceiro defende que é preciso maior inserção do profissional na Atenção Básica. Nenhum texto sugere que o psicólogo componha a equipe mínima e 3 destacam a necessidade de trabalho mais articulado entre a Saúde Mental e a Saúde da Família. Esse estudo aponta que existem produções científicas sobre nutricionistas e psicólogos atuando na ESF. As produções científicas, no entanto, podem não estar acontecendo no mesmo ritmo de inserção desses profissionais nos diversos municípios brasileiros. A atuação desses profissionais na ESF está pautada numa organização do trabalho em saúde através de rede interdisciplinar? A hipótese é que estes profissionais estejam trabalhando, especificamente, na equipe mínima ou de forma aleatória e “não-sistematizada”. Sendo assim, entende-se que cada categoria profissional deve pensar e repensar suas ações ao nível da Atenção Básica. A idéia é que sejam ampliados os horizontes em direção a mudanças no âmbito da formação e das práticas em saúde que venham priorizar uma Atenção Básica de qualidade, assim como um sistema de saúde mais integral e resolutivo.


Palavras-chave:  TRABALHO EM SAÚDE, SAÚDE DA FAMÍLIA, PROFISSIONAIS