Resumo

Trata-se do relato de experiência de um projeto de extensão permanente desenvolvido por estudantes do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz que traz como objetivo a discussão com escolares sobre as doenças relacionadas à prática do sexo não seguro e as interfaces que envolvem esta problemática. O público alvo é constituído por jovens do ensino médio de uma instituição pública. Considerando a estimulação da mídia para a atividade sexual precoce e os dados epidemiológicos disponibilizados pelo Ministério da Saúde, em que a juvenilização da AIDS tem relevância estatística, o projeto prioriza as práticas educativas interativas e contextualizadas a realidade dos jovens participantes, discutindo saberes e construindo formas de entendimento para o estabelecimento de um código de convivência sexual seguro que não apresente risco de contrair IST´s/Aids. A metodologia utilizada está ancorada na pedagogia crítica de Paulo Freire, utilizando rodas de conversas e oficinas em que os temas são expostos, problematizados e discutidos entre todos envolvidos no processo de aprendizagem. Neste processo os educadores e educandos interagem de forma horizontal, num mesmo nível de importância dentro do grupo, facilitando a participação ativa dos envolvidos. Atualmente o projeto foi incorporado às políticas públicas de educação em saúde no plano de ação do Grupo Gestor Municipal (GGM) que faz parte do Projeto Saúde e Prevenção nas escolas do Programa Nacional DST/AIDS.