Resumo

Introdução: Partindo do pressuposto que a assistência integral à Saúde da Família não é realizável individualmente, cada vez mais, as atividades em equipe têm se mostrado uma forma eficiente de organizar o processo de trabalho. Sendo assim, formações acadêmicas distintas oferecem serviços de saúde, num mesmo âmbito, para juntos chegarem ao beneficio da comunidade por meio de atendimentos que favorecem a integralidade da assistência. Objetivo: identificar e descrever como os profissionais das equipes de Saúde da Família compreendem, em uma determinada Unidade de Saúde, os benefícios e as dificuldades de trabalhar em equipe. Metodologia: Optou-se por abordar este estudo de maneira qualitativa, descritiva e exploratória com os profissionais que estão inseridos nas três equipes de Saúde da Família, de uma Unidade de Saúde da cidade de Londrina - PR. Para a coleta dos dados, foi utilizado um instrumento de entrevista semi-estruturada. Fizeram parte deste estudo 19 profissionais, dentre eles: enfermeiros, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde e um médico. Resultados: Os pontos fortes do trabalho em equipe estão na viabilidade de reuniões para discussão de casos e do próprio processo de trabalho, a co-responsabilidade nas ações e, principalmente, o vínculo multiprofissional. Entretanto também trazem que as divergências nas relações interpessoais representam um problema relevante na atuação da equipe. Mas as dificuldades levantadas foram, sobretudo, relacionadas à estrutura da rotina de trabalho, com déficit de profissionais, demanda excessiva de atendimentos e reduzida carga horária destinada à equipe. Conclusão: tanto os êxitos como os obstáculos, fazem parte do trabalho em equipes de saúde da família, entretanto, seus componentes estão caminhando para a construção de um processo de trabalho que resulte numa assistência integral e multidisciplinar à Saúde da Família.