9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:715-2


Poster (Painel)
715-2EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE MENTAL INFANTO-JUVENIL: A EXPERIÊNCIA DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DO DF.
Autores:Vladimir Andrei Rodrigues Arce (SESDF - Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal) ; Rodrigo Dornelas do Carmo (CEPAGIA - Centro de Estudos e Pesquisa e Atendimento Global da infânci)

Resumo

A Educação Permanente em Saúde é ferramenta fundamental para a transformação e a qualificação da prática em saúde, pois possibilita reflexões que interfiram diretamente na organização de um serviço de saúde, tanto do ponto de vista clínico quanto institucional. A saúde mental demanda que o cotidiano do trabalho seja entendido como processo permanente de aprendizagem, sobretudo quando se tem como orientação técnica e política a atenção psicossocial. Especificamente no cuidado à criança e ao adolescente, faz-se primordial que tais ações se concretizem, tendo em vista a fragilidade das políticas para essa população. Em 2008 e 2009 foram desenvolvidas ações de EP com os profissionais de uma unidade de Saúde Mental infanto-juvenil do Distrito Federal, com diferentes metodologias como palestras, rodas de conversa, sessões de filmes dialogadas e estudos de casos intersetoriais. Os temas condiziam com os programas de assistência da unidade, como violência, transtornos alimentares e transtornos invasivos do desenvolvimento, em seus aspectos clínicos e organizacionais. Também foram realizadas discussões sistemáticas sobre Acolhimento em Saúde Mental. No fim de cada ano foram realizados seminários onde foram debatidas propostas para ampliação e melhoria do cuidado em saúde mental da criança e do adolescente no DF, com grande participação da sociedade. Em 2009 foram incorporados à unidade dez pediatras da atenção primária, que se capacitaram em saúde mental infanto-juvenil de forma a desenvolverem ações pautadas pelo Matriciamento. Embora os profissionais de forma geral tenham avaliado positivamente as ações desenvolvidas, a participação não foi ampla, o que demanda novas reflexões acerca dos métodos utilizados e dos temas abordados, bem como a necessidade de se construir uma ferramenta de avaliação capaz de expor fragilidades e possibilidades de mudança. Identifica-se neste processo a necessidade de se aprofundar discussões sobre os projetos, de forma que estes não se restrinjam a apresentar suas estruturas de funcionamento, mas que principalmente tenham como foco questões que se colocam para o trabalho das equipes. Estas demandas devem ser foco de ações educativas. Recomenda-se que as ações de Educação Permanente no âmbito da Saúde Mental infanto-juvenil devam ser freqüentemente repensadas, de modo a embasar o cotidiano das práticas dos profissionais.


Palavras-chave:  Educação Permanente, Saúde Mental infanto-juvenil