Poster (Painel)
695-1 | TRABALHO INTERDISCIPLINAR COM A ESCOLA: ANÁLISE DE EXPERIÊNCIA DA REDE DE PROTEÇÃO AO EDUCANDO | Autores: | Janaina Santos de Sout0 (E/SUBE/6A. CRE - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO) ; Maria de Nazaré Avelino da Silva (E/SUBE/6A. CRE - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO) ; Helena Antunes Villela (E/SUBE/6A. CRE - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO) |
Resumo Frente à demanda de solução dos impasses oriundos do contexto escolar, a Psicologia tradicionalmente ocupou o lugar de ciência, individualizando tais impasses, e consolidando o ideário de educação compensatória – mito do empobrecimento cultural, do quoeficiente de inteligência, da privação nutricional, etc. Tal forma de encarar a questão, produziu, neste encontro da Psicologia com a Educação, práticas de culpabilização do aluno e/ou de sua família, individualizando o problema em seu corpo.
Tendo em sua composição psicólogos e assistentes sociais, a Rede de Proteção ao Educando (RPE)- programa implantado em 2007 pela Prefeitura do Rio de Janeiro - tem como finalidade o atendimento de alunos das escolas municipais da cidade. Insere-se no campo das políticas públicas do município através de uma parceria entre as Secretarias Municipais de Educação e de Assistência Social.
Na perspectiva de ação construída pela equipe de psicólogas da RPE da 6ª. CRE ,objetivamos que a incidência de nosso trabalho possibilite o trabalho com as escolas na direção de nos desalojarmos do papel prévio de preditores do comportamento humano e porta-vozes de um discurso especialista individualizante, para afirmamos a possibilidade de um trabalho interdisciplinar com a escola.
Nesta direção, analisamos o pedido de ajuda de uma escola, inserida em nosso território de atuação, que vivenciava muita angústia diante do impasse provocado na relação com um aluno. Adolescente, inserido em classe especial, que vinha apresentando comportamentos “sem sentido”, imprevisíveis e agressivos em relação à professora e aos demais colegas de classe. O terror e angústia era comum à todos, inclusive aos pais do adolescente.
A partir da situação de UM aluno, trazido na fala da coordenadora pedagógica na escuta preliminar que realizamos, realizou-se reuniões com familiares, encontros com a professora regente, discussão com a direção, articulação com a rede de saúde mental da região – o adolescente, que até então era tratado ambulatorialmente como portador de retardo mental, passa a pôr em questão tal diagnóstico, revelando um provável quadro de psicose.
Caminhamos na direção de fazer caber na escola espaços de problematização, reflexão, pactuação, conversação, que permitam a implicação de vários, ao invés da culpabilização de um.
Palavras-chave: INTERDISCIPLINARIDADE, PSICOLOGIA, ESCOLA |