9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:693-1



693-1INDICADORES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE SISTEMAS MUNICIPAIS DE SAÚDE NO ESTADO DO PIAUÍ
Autores:José Ivo dos Santos Pedrosa (UFPI - Universidade Federal do Piauí) ; Laureni Dantas de França (UFPI - Universidade Federal do Piauí) ; Gláucia Antônia Viana Azevedo (UFPI - Universidade Federal do Piauí)

Resumo

INTRODUÇÃO: Considerando a promoção da saúde como a ação individual, a ação da comunidade e a ação e o compromisso dos governos na busca de uma vida mais saudável para todos e para cada um (BRASIL/MS, 2002), desenvolve-se uma pesquisa da Universidade Federal do Piauí que comparou os indicadores de promoção da saúde utilizados por organismos e bancos de dados oficiais com as ações desenvolvidas pelos serviços e a compreensão da população sobre seus problemas de saúde. OBJETIVO: avaliar as ações de promoção da saúde no contexto municipal do Estado do Piauí, no sentido de dimensionar o quanto a promoção da saúde encontra-se instituída no plano político, organizacional e nas representações que a população elabora sobre saúde, doença, política e promoção da saúde nos municípios de São Raimundo Nonato e Floriano. METODOLOGIA: Utiliza os indicadores de promoção da saúde sugeridos pela OPAS para avaliar municípios saudáveis em estudo de natureza quali-quantitativa, com uso da técnica de amostragem por conglomerado áreas/microáreas (urbano/rural) assistidas pelo Saúde da Família (SUS). A pesquisa compreendeu uma triangulação entre a entrevista com os gestores municipais, inquérito domiciliar dirigido à 502 famílias e verificação do acesso a equipamentos e programas sociais. A análise aprofundou a relação entre os indicadores de promoção da saúde, as condições de vida da população, os determinantes sociais e o modelo de organização dos serviços. RESULTADOS: Revelou a distância entre os problemas referidos pela população e as ações governamentais. Os domicílios das áreas rurais mostraram-se em piores condições em relação à distância de posto telefônico, unidades de saúde e baixo acesso ao abastecimento de água, coleta de lixo e saneamento. Para os entrevistados, os três fatores determinantes da saúde seriam alimentação, higiene, cuidado e lazer. A maioria dos gestores não desenvolveu ações de promoção da saúde e algumas mostraram-se mecanicamente assimiladas e executadas sem a problematização necessária a respeito da sua coerência com a realidade e os desejos ou necessidades de saúde da população. Verifica-se a não participação da comunidade em organizações de caráter comunitário, o que a fragiliza diante da luta por seus direitos. CONCLUSÃO: As políticas municipais contribuem somente na dimensão da atenção básica, apresentando baixo nível de intersetorialidade com outras políticas sociais em presença de condições ambientais e sanitárias desfavoráveis.


Palavras-chave:  Promoção da saúde, Indicadores de avaliação, Sistemas municipais de saúde