681-2 | A BRASILIDADE DA SAÚDE COLETIVA: inovação na formação de novos sujeitos profissionais | Autores: | Mariana Bertol Leal (UERJ - Universidade do Estado do Rio de JaneiroSESAB - Secretaria de Saúde do Estado da Bahia) |
Resumo A ciência, que buscava explicar os fenômenos naturais, desenvolveu-se e desdobrou-se em diversas áreas e campos, buscando responder às complexas questões que fazem parte do mundo moderno. A saúde se coloca enquanto um desses campos complexos, que inicialmente compreendia a história das doenças e das condições de vida e teve que ser questionada à medida que somente essa teoria não mais justificava as complexas existências e modos de andar a vida. Especificamente a Saúde Coletiva no Brasil reinventou formas de responder aos inúmeros e complexos questionamentos que se colocam no âmbito da vida e das condições de vida. A partir do estudo, buscou-se explorar a trajetória histórico-política-conceitual da constituição do campo da Saúde Coletiva no Brasil apoiado em uma metodologia que se utiliza de elementos analíticos da própria reflexão que o estudo traz, em um movimento de investigação denominado como “entre-meios”. São apresentadas as falas dos participantes, abordando episódios e reflexões sobre os acontecimentos que marcaram a história da Saúde Coletiva em nosso país, o que deu base para compor uma “caixa de ferramenta” para o desenvolvimento do estudo. Os diferentes significados da Saúde Coletiva foram apresentados a partir do material empírico, bem como de uma análise considerando outros olhares sobre o mesmo objeto, pela qual se buscou construir um olhar autoral sobre o objeto estudado. Além disso, após a busca de conceitos e teorias sobre os campos, foram apresentadas diferentes abordagens para a conceituação de campo, sendo que a “caixa de ferramentas” e as análises dos significantes antes expostos foram utilizados para construir algumas considerações e questões. Desenvolveu-se, através das bases de dados empíricas e teóricoconceituais, uma análise sobre a Saúde Coletiva no Brasil para compreender o campo a partir de um olhar crítico sobre a cientifização das áreas de conhecimento. Considerando a singularidade de um campo ainda em transformação – que se constituiu em um cenário político particular, onde a Reforma Sanitária Brasileira estava em construção – compreende-se sua conformação enquanto um campo de saberes e práticas militantes, para a construção de novos paradigmas para explicar e intervir na saúde do povo brasileiro. Explicitou-se através do estudo a brasilidade do campo e sua história inventiva que hoje apresenta uma grande inovação que é o curso de graduação em saúde coletiva com a formação de novos sujeitos profissionais para o campo. Palavras-chave: saúde coletiva, saberes, práticas |