9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:681-1



681-1CURSO DE GESTÃO HOSPITALAR: ENCONTROS E DESENCONTROS PARA A QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO HOSPITALAR NAS UNIDADES DO SUS/BAHIA
Autores:Mariana Bertol Leal (SESAB - Secretaria de Saúde do Estado da Bahia) ; Daniela Lopes Lima (SESAB - Secretaria de Saúde do Estado da Bahia) ; Emmanuela Mendes Amorim (SESAB - Secretaria de Saúde do Estado da Bahia)

Resumo

O curso de Especialização em Gestão Hospitalar foi uma realização da SESAB em parceria com a UFBA organizado enquanto uma estratégia de educação permanente para qualificação e fortalecimento da gestão hospitalar no estado da Bahia. Esse estudo objetivou analisar a pertinência e aplicabilidade dos temas e instrumentos tratados no curso para a qualificação da Gestão das Unidades Hospitalares, especialmente as da Rede Própria da SESAB. Para tanto, realizou-se aplicação de questionário para os discentes, entrevistas com a equipe gestora do curso (representante UFBA, DGRP, EESP e discente) e análise documental. Para a análise, recorreu-se a conceitos da Análise institucional, Educação Permanente em Saúde para estruturação de Matriz Analítica de avaliação cluster e Metodologia de Triangulação de Dados. No que se refere a fragilidades, pontuou-se a carga horária extensa, com disciplinas desarticuladas do cotidiano de trabalho de unidades hospitalares públicas ou tratavam de contextos diferentes do SUS-Bahia. Contudo, algumas disciplinas produziram efeitos positivos e concretos para a prática cotidiana: Epidemiologia (implantação de Núcleos de Vigilância Epidemiológica); Gestão de Custos (otimização de custos hospitalares); Gestão do Cuidado e Políticas de Saúde (conceitos articulados com contextos reais vivenciados no cotidiano da gestão). Outras fragilidades foram a carga horária extensa e a desresponsabilizacnao com o curso por parte de alguns especializandos. Outro ponto negativo foi a constante mudança dos quadros de gestão da SESAB na Coordenação Colegiada do Curso e em relação aos espe cializandos que mudavam de cargos na organização. Quanto aos avanços, o curso proporcionou o encontro entre gestores que passaram a se conhecer e a se articular para solucionar entraves, ou seja, no encontro se forjada a micropolítica, que repercutia no desatar de “nós críticos” de entraves da gestão hospitalar. Enfim, o curso se caracterizou por encontros e desencontros dos sujeitos nessa Praça, muitas vezes arena, outras vezes teatros com diversas máscaras a serem usadas, e outras vezes, baile, lugar em que se forjam os territórios desse SUS, que tem como um dos nós a dureza da gestão hospitalar como impeditivo da integralidade do cuidado. Mas o encontro tem a potência de (trans)formar uma rede de trabalho vivo em ato. Enfim, espera-se que esse trabalho propicie encontros para a qualificação da Gestão Hospitalar, através da estratégia da Educação Permanente em Saúde.


Palavras-chave:  educação permanente em saúde, formação em gestão hospitalar, curso de qualificação