Resumo

INTRODUÇÃO:O ensino farmacêutico a partir das novas diretrizes curriculares do CNE, adaptou-se as novas práticas pedagógicas, onde se espera que o farmacêutico generalista conclua sua formação capacitado para diversas modalidades de suas áreas exclusivas de atuaçãol. Mediante essa realidade, o ensino de farmácia hospitalar foi incluído de maneira obrigatória nos cursos de graduação para atender as demandas do mercado e o perfil atual de saúde pública nacional. Para alcançar um ensino de excelência e qualidade os docentes precisam ser gabaritados e ministrarem um bom conteúdo programático. OBJETIVO: Analisar a situação atual do ensino de farmácia hospitalar fornecido pelas universidades do Estado Rio de Janeiro. MÉTODOS: Uma pesquisa exploratória com abordagem quantitativa e qualitativa, no período de março a abril 2009, através de entrevista aos docentes da disciplina de farmácia hospitalar. A pesquisa foi realizada nas Universidades do Estado do Rio de Janeiro que oferecem a graduação de farmácia, incluindo instituições privadas e públicas totalizando 8 unidades que concordaram em participar da pesquisa, onde os participantes assinaram o TCLE. O projeto está em conformidade com a resolução do CNS n.º 196/96 e foi submetido à análise do Comitê de Ética e Pesquisa e aprovado sob o nº 0095.0.317.000.-08. RESULTADOS: Todas as instituições pesquisadas oferecem a disciplina de cunho obrigatório, mas apenas 87,5 % possuem estágio obrigatório em farmácia hospitalar. A carga horária de estágio em média é 190 horas.A carga horária média da disciplina teórica é de 49,75 horas. Todos entrevistados alegam possuir experiência profissional de mais de 3 anos e 62,5% a utilizam como critério para seleção do conteúdo programático. Quanto à formação dos docentes todos possuem no mínimo pós-graduação na área de farmácia hospitalar.CONCLUSÃO:A maioria das Instituições pesquisadas teve um grande avanço no ensino da disciplina, já que o estágio na maioria dessas instituições é obrigatório.O corpo docente das instituições entrevistadas tem atendido as expectativas das novas diretrizes curriculares do CNE, estando capacitados para ministrar a disciplina com experiência profissional e excelente ações didáticos pedagógicas. É lamentável a falta de projeto que sugira diretrizes básicas para padronização mínima da disciplina, pois acaba permitindo que haja diferentes modelos de ensino propostos pelas instituições ocasionando uma diversidade questionável no conteúdo ministrado.