9º Congresso Nacional da Rede Unida 2010
Resumo:648-2


Poster (Painel)
648-2REPENSANDO A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL EM UM MUNICÍPIO DO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL
Autores:Liamara Denise Ubessi (UNIJUÍ - Universidade Reg. Noroest. Est. RS) ; Eniva Miladi Fernandes Stumm (UNIJUÍ - Universidade Reg. Noroest. Est. RS) ; Arlete Regina Roman (UNIJUÍ - Universidade Reg. Noroest. Est. RS) ; Liane Beatriz Righi (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Lúcia Ottonelli Crescente (UNIJUÍ - Universidade Reg. Noroest. Est. RS)

Resumo

Esta escrita ocorreu em rede, em ciranda virtual e presencial e no encontro de idéias, pensamentos, história, emoções e até poesia. Visa discutir sobre tramas, fios e pontos na produção do cuidado na rede de atenção à saúde mental em um município da região noroeste/RS, a partir de reflexões no decorrer de um estágio curricular do curso de Enfermagem/Unijuí em diversos pontos da rede. As tramas, fios e pontos estão postos à medida que são produzidos. Desta forma, vão produzindo as redes e, mais precisamente, a rede de atenção à saúde na prática dos serviços, efeito de co-engendramento de intervenções e formas de gestão e atenção dos serviços. Uma rede de atenção fechada é composta da trama de fios articulados em pontos e a rede aberta segue a mesma dinâmica, entretanto, com fios soltos e até dispersos, dispostos a conexão ou não. Uma rede pode ser inventada, ativada ou inativada. A rede pode operar parcialmente, disparando alguns de seus fios, pontos ou tramas. Pode operar sem que se efetive o objetivo a que se destina, mas, qualquer ação em um ponto ou fio desta rede, pode disparar sua ativação, ainda que parcial. Há redes, ditas instituídas e instituintes. A partir da atuação no referido estágio foi possível perceber que na rede de atenção em saúde mental em estudo, com facilidade, predomina o modelo médico-assistencial e hospitalocêntrico. A atenção à saúde mental no referido município é realizada nas Unidades Básicas de Saúde, hospitais, e em segmentos como a Universidade, Associações, Grupos de Auto Mútua Ajuda, dentre outros. É possível considerar que todos estes pontos reproduzem ou não o modelo manicomial, dependendo do lugar/ponto da rede que se opera e que tramas se está disposto a tecer. Observa-se que depende das concepções e entendimentos sobre saúde mental de cada organização que compõe a organicidade deste sistema de saúde. Conclui-se que a rede de atenção em saúde mental no município em questão é relativamente ativa, em momentos sob o modelo médico-assistencial e hospitalocêntrico e noutros com desvios importantes na promoção do cuidado em saúde mental, como é o caso de segmentos que foram se agregando a mesma, ora estabelecendo relações, ora repetindo o modelo mais preemente ou colocando isso em questão, discutindo práticas e ações que promovam a saúde mental no município. Por fim, tramas, fios e pontos permitem a existência da rede, porém não significa que a mesma opere e produza cuidado/saúde em toda a sua potência e dimensão.


Palavras-chave:  Rede de atenção, Saúde mental, Produção do cuidado